Principais sintomas

Da Redação | 27/08/2007, 00h00

Motores

Tremor –
É o sintoma mais freqüente e o que mais chama a atenção, embora não seja o mais incapacitante. Situações de estresse emocional ou a sensação de ser observado aumentam visivelmente a intensidade do tremor. Por outro lado, em estado de relaxamento ou durante o sono, ele desaparece por completo.

Rigidez muscular – A rigidez muscular é causada pelo aumento da resistência que os músculos oferecem quando uma parte do corpo é movimentada. Os músculos tornam-se mais tensos e contraídos e o paciente sente-se rígido e com pouca mobilidade.

Acinesia (redução da quantidade de movimento) e bradicinesia (lentidão na execução do movimento) – A freqüência dos movimentos espontâneos é reduzida, o rosto se movimenta menos, expressando com menor intensidade os sentimentos e emoções. A caligrafia torna-se menos legível e de tamanho reduzido. As atividades diárias, antes realizadas com rapidez e desembaraço, são agora realizadas devagar e com muito esforço. Os passos são mais lentos e pode aparecer alguma dificuldade de equilíbrio. A postura geral se modifica, a pessoa anda inclinada para frente.

Não-motores

Depressão –
De 40 a 50% dos portadores da doença têm depressão. Em número considerável de casos, a depressão aparece antes mesmo dos sintomas da doença. A intensidade varia desde quadros leves até aqueles mais graves, em que a depressão torna-se o sintoma mais importante e um fator determinante de incapacidade. Alterações emocionais também são comuns. Pacientes podem sentir-se inseguros e temerosos quando submetidos a alguma situação nova. Podem evitar sair ou viajar e muitos tendem a retrair-se e evitar contatos sociais. Alguns perdem a motivação e tornam-se excessivamente dependentes dos familiares.

Distúrbios do sono – Dificuldade em conciliar o sono, despertar freqüente durante a noite, sonhos "reais" (a pessoa tem dificuldade em distinguir o sonho da realidade), pesadelos, inversão do ciclo vigília-sono (troca do dia pela noite); movimentos bruscos freqüentes (pequenos pulos ou movimentos rápidos com os membros), que podem acordar o cônjuge e mesmo o próprio paciente.

Distúrbios cognitivos – Na maior parte dos pacientes com mal de Parkinson, a capacidade de raciocínio, percepção e julgamento encontra-se intacta. Mas podem ocorrer dificuldades com a memória (geralmente na forma de "brancos" momentâneos), com cálculos e com atividades que requerem orientação espacial. A própria medicação antiparkinsoniana pode resultar em alterações mentais. Por exemplo, os anticolinérgicos (grupo de drogas ainda largamente usado principalmente contra o tremor) podem resultar em distúrbios de memória e, em casos mais graves, confusão mental e alucinações. Esses sintomas ocorrem mais freqüentemente em pacientes mais idosos que, em geral, não devem fazer uso desse tipo de medicação. 

Outros sintomas

Distúrbios da fala, dificuldade para engolir saliva, distúrbios respiratórios, dificuldades urinárias, tonturas (a pressão arterial cai quando o paciente se levanta), dores e fadiga muscular.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)