Desaparecimento do pedreiro Amarildo chamou a atenção do Brasil

Larissa Bortoni e Maurício Ribeiro de Santi | 12/04/2017, 19h24

Um símbolo da tortura e da violência policial na história recente do Brasil é o ajudante de pedreiro Amarildo Dias de Souza, que morava na favela da Rocinha, na cidade do Rio de Janeiro. Em julho de 2013, após ser detido por policiais e levado em direção à sede da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do bairro, Amarildo desapareceu.

- Foi duramente torturado e faleceu em consequência da tortura que sofreu. O corpo dele foi desaparecido pela polícia. Isso é um reflexo do que acontece com muita frequência por parte das forças policiais no Brasil – diz Renata Neder, assessora da Anistia Internacional.

Um relatório anual da Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo apontou que as denúncias de abuso envolvendo policiais civis e militares aumentaram 78% entre 2015 e 2016. Passaram de 531 para 947. A queixa que mais cresceu foi a de constrangimento ilegal: 132,23%.

A Secretaria de Segurança Pública respondeu que o Estado conta com rígidos processos de apuração interna que garantem a fiscalização dos policiais que tenham cometido alguma irregularidade. Ainda segundo a secretaria, no ano passado foram presos 251 PMs e 68 policiais civis.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)