Não troque de emprego sem calcular o salário

Da Redação | 05/11/2007, 00h00



Na hora em que aparece uma vaga ou proposta de trabalho, é preciso saber se vale a pena. E não basta olhar no contracheque: para saber quanto se ganha, é preciso levar em conta os benefícios (plano de saúde, previdência privada, alimentação etc.), bônus (prêmios em dinheiro) e outros incentivos que formam a remuneração total.

Por exemplo, um funcionário com um salário de R$ 1 mil mensais, um bônus anual de mais um salário, um plano de previdência privada, um seguro de vida e assistências médica e odontológica, teria que:

1 - multiplicar os R$ 1 mil por 13 salários = R$ 13 mil ao ano

2 - somar a esse valor mais R$ 333 (1/3 de salário referente ao abono de férias) = R$ 13.333

3 - acrescentar o bônus (R$ 1 mil) = R$ 14.333

4 - calcular e somar o Fundo de Garantia (FGTS – 8% de todos os valores recebidos): 8% de R$ 14.333 = R$ 1.146 + R$ 14.333 = R$ 15.479

5 - somar R$ 1.300 do plano de previdência (cerca de 10% do salário anual)

6 - mais R$ 1 mil do seguro de vida

7 - mais R$ 1,5 mil da assistência médica

8 - mais R$ 800 da assistência odontológica

Resultado: R$ 20.079 por ano, ou R$ 1.673 mensais.

Por isso, trocar um salário de R$ 1 mil por um de R$ 1,5 mil pode parecer um bom negócio a princípio — e um prejuízo quando se analisa a remuneração total. Em geral, segundo os especialistas, uma proposta de emprego pode ser considerada financeiramente boa se gera um aumento de pelo menos 20% na remuneração total.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)