Número de jovens grávidas continua alto

Da Redação | 12/11/2007, 00h00




Nunca se divulgou tanto como evitar a gravidez não planejada. No entanto, continua alto o índice de gravidez na adolescência. A principal razão, apontam os especialistas, é que é comum o adolescente comportar-se de maneira inconsciente, imprevisível ou irracional. Veja os fatores que contribuem para aumentar os riscos, ainda maiores no primeiro ano da vida sexual:
Fatores biológicos
- A cada década a primeira menstruação (menarca) tem vindo quatro meses mais cedo, aumentando o tempo de exposição da adolescente ao risco de gravidez.
- Irregularidade dos ciclos menstruais.
Fatores familiares
- Filhas de mães que iniciaram vida sexual precocemente ou engravidaram ainda adolescentes tendem a repetir a experiência.
- Desajustes e desagregação familiar, permissividade, falta de limites, de diálogo e confiança.
- Violência, abuso de drogas e doença crônica de um ou dos dois pais. - Irmãos mais velhos com vida sexual ativa.
Fatores sociais
- Exagero da erotização pelos meios de comunicação, especialmente a televisão.
- Maior aceitação social do sexo antes do casamento e na adolescência.
- Baixa escolaridade e desinformação de pais e adolescentes sobre reprodução humana, uso correto dos métodos contraceptivos e efeitos biológicos, psicológicos, jurídicos e sociais da gravidez na adolescência. - Falta de dinheiro para comprar contraceptivos.
- Pouco ou nenhum acesso do adolescente a atividades saudáveis e prazerosas no tempo livre, como esporte.
- Pressão do grupo de amigos para iniciar a vida sexual.
Fatores psicológicos e comportamentais
- Baixa auto-estima, aliada ao mau rendimento escolar (ou por causa dele) e à falta de apoio e afeto da família.
- Falta de perspectivas e de aspirações profissionais.
- Desejo inconsciente e até consciente de engravidar para obter afeto,
auto-afirmação ou respeito social; para provar a fertilidade, solidificar o relacionamento com o parceiro ou ter alguém para amar e cuidar; ou para libertar-se de um ambiente familiar abusivo.
- Negação (“comigo não acontecerá”).
- Crença de que qualquer planejamento diminui o prazer do sexo e de que não é necessário o uso rotineiro de contraceptivos nos encontros sexuais eventuais.
- Falta de uso de contraceptivo pelo adolescente por medo de ser descoberto pela família ou de não ser aceito pelo parceiro.
- Uso de drogas e álcool.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)