Distúrbio tem origem genética e é hereditário
Da Redação | 17/03/2008, 00h00
Dislexia é uma desordem neurológica, de origem genética e com alto índice de hereditariedade. Por causa desse distúrbio, a pessoa disléxica tem dificuldade em associar os símbolos e as letras ao som que eles representam e não consegue organizá-los mentalmente numa seqüência coerente.
Estudos afirmam que o lado direito do cérebro do disléxico é mais desenvolvido, o que explicaria sua maior habilidade em algumas áreas. Por outro lado, determinados neurônios da pessoa com dislexia parecem conectar-se de forma diferente da dos não-disléxicos, fazendo com que o portador do distúrbio tenha menor coordenação motora e dificuldades no mecanismo de transição ocular – ao mudar o foco dos olhos de uma sílaba para outra, o disléxico percebe a palavra como se estivesse borrada, como se as letras dançassem ou pulassem diante dos seus olhos, dificultando sua identificação.
A dislexia, portanto, não tem nenhuma relação com burrice, preguiça ou desinteresse em aprender. Ao contrário, muitos disléxicos têm inteligência acima da média. Também não é uma doença e não requer medicação.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)