Como identificar o problema e escolher o melhor tratamento

Da Redação | 17/03/2008, 00h00

Percebido o problema, deve-se procurar um fonoaudiólogo ou um psicólogo. É preciso ouvir ainda um neurologista, um oftalmologista e um psicopedagogo, conforme o caso.

Como os sintomas que podem indicar dislexia são encontrados também em várias outras situações, todas as possibilidades, como déficit intelectual, problemas de visão e audição, lesões cerebrais, problemas afetivos etc., devem ser avaliadas antes de confirmar ou descartar o diagnóstico de dislexia.

A fonoaudióloga e mestre em Lingüística pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Ana Tereza Dalden, adverte que é preciso ter muito critério no diagnóstico, pois muitas das dificuldades em ler e escrever são causadas por deficiências na alfabetização e não por qualquer distúrbio da criança. "Num país cuja educação enfrenta grandes problemas, tomar todas as dificuldades de aprendizagem como dislexia é um grande equívoco", enfatiza.

Embora seja ideal diagnosticar a dislexia no início da alfabetização, o tratamento também pode ajudar muito os adolescentes e adultos.

Há estudos que sugerem que, com acompanhamento adequado, as conexões neuronais podem até se refazer, sanando quase completamente o problema.

A maioria dos tratamentos usa técnicas para a assimilação de fonemas, o desenvolvimento do vocabulário, a melhoria da compreensão e a fluência na leitura, que ajudam o disléxico a reconhecer sons, sílabas, palavras e frases.

Para começar, é preciso levantar o histórico familiar e os problemas na aprendizagem para dar aos profissionais o máximo de informação. Bom diálogo, troca de experiências e sintonia de procedimentos entre o profissional, a escola e a família também são fundamentais.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)