Tratamento associa antidepressivos, psicoterapia e ginástica

Da Redação | 30/10/2006, 00h00

O primeiro passo é procurar o médico e relatar o problema. As causas físicas, como problemas hormonais ou de uso de medicação ou drogas, devem ser combatidas. Também é fundamental verificar se houve perda ou trauma cujo período de luto ainda não tenha passado. A pessoa deve observar-se, identificar se há pensamentos e emoções repetitivos e informar o médico.

Constatado o quadro depressivo, para um tratamento eficaz é fundamental identificar se é um episódio, se é recorrência, ou se é crônico; e como são a personalidade e a vida da pessoa, sua história e a de seus familiares.

É comum familiares e amigos acusarem o doente de falta de vontade ou de esforço para reagir, preguiça, chantagem, defeito de caráter, pouca fé. Esse tipo de reação piora ainda mais o estado da pessoa. A melhor ajuda que se pode dar a um depressivo é observar seu comportamento, convencê-lo a procurar ajuda especializada, colaborando, se possível, com um relato mais preciso dos sintomas ao médico, e ajudá-lo a persistir no tratamento.

O tratamento em geral leva de seis a nove meses, podendo estender-se por mais de um ano, e é feito com antidepressivos, cujo efeito leva de três a quatro semanas para ser sentido. Álcool e drogas são absolutamente contra-indicados e os remédios não causam euforia ou dependência, como muitos pensam.

A psicoterapia, que tem técnicas específicas para tratar a depressão, deve ser associada aos medicamentos para tratar a crise e diminuir a probabilidade de ocorrência de novo episódio. Os exercícios físicos também são altamente recomendados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)