Um quinto dos usuários fica preso ao vício

Da Redação | 19/06/2006, 00h00

Segundo o Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas (Obid):

- 60% das pessoas que usam drogas de forma abusiva não se tornarão dependentes;

- 20% delas voltarão a usar, mas sem dependência; e

- 20% progredirão para um quadro de dependência.

A síndrome de dependência é definida na CID como um estado físico e mental que inclui mudanças de comportamento e compulsão por ingerir droga, seja para experimentar seus efeitos ou para evitar o desconforto causado pela falta da substância.

Para o dependente, o uso da droga passa a ter importância muito maior do que aquilo que antes era prioridade ou fundamental na sua vida. É aquela fase em que a alegria e a excitação de quem está experimentando é substituída pela necessidade de ingerir e pelo sofrimento pela falta da droga.

Aos poucos o dependente vai deixando de trabalhar, estudar, sair, rejeitando interesses e atividades que antes eram o centro da sua vida, e vai se afastando da família. A vida dele passa a girar em torno de conseguir dinheiro para comprar, encontrar um lugar para usar e depois dormir para se recuperar e no dia seguinte começar tudo de novo.

Co-dependência atinge familiares e pode ser fatal

A co-dependência é uma doença emocional que pode atingir os familiares dos dependentes. Os co-dependentes são pessoas que vivem tentando "ajudar" o dependente, esquecendo de viver a própria vida, entre outras atitudes de auto-anulação.

Como a dependência, a co-dependência pode ser fatal, causando morte por depressão, suicídio, câncer. Por isso, junto aos grupos de ajuda aos dependentes químicos são criados grupos de ajuda aos familiares, uma vez que a dependência em geral compromete ou agrava a relação familiar

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)