Como é tratada a síndrome de dependência química

Da Redação | 19/06/2006, 00h00

O primeiro passo é tentar motivar o dependente a se submeter ao tratamento, já que o sucesso da terapia resulta totalmente da atitude dele.

O tratamento começa então com uma avaliação, levando em conta:

– quanto, como e onde se dá o consumo e de quais drogas;

– o envolvimento em atividades ilegais;

– o desempenho escolar, no caso dos adolescentes;

– a vida sexual e o possível envolvimento com prostituição e promiscuidade;

– alterações físicas e psicológicas causadas por intoxicação por drogas;

– completo exame clínico e neurológico (pensamento, memória, coordenação motora e verbal);

– avaliação da família e do contexto social (fatores importantes para o início e a manutenção do uso de drogas, assim como para o tratamento);

– outros casos de dependência na família;

– antecedentes familiares de abusos sexuais e de criminalidade relacionada ao uso de drogas;

– a forma como a família tem enfrentado tais situações.

O programa de tratamento é definido com base nas necessidades do paciente identificadas nessa avaliação inicial, em geral incluindo diferentes tipos de terapia, e pode ser realizado nos regimes de:

– internação em hospital, seguida de acompanhamento ambulatorial;

– tratamento ambulatorial; e

– tratamento em comunidades terapêuticas.

O programa pode incluir psicoterapia para o dependente e seus familiares e medicamentos aversivos (provocam reações desagradáveis quando a pessoa usa a droga); antagonistas (que anulam o prazer de usar); de substituição (provocam efeitos semelhantes ao da droga); de inibição do desejo de usar drogas; ou de prevenção de recaída, entre outros.

Embora um dos objetivos do programa seja a abstinência total da droga, ela não é o resultado final e sim uma porta ou ponte para a recuperação, uma vez que é necessário prevenir recaídas, preparando o paciente para retomar sua vida.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)