Retração de receita e aumento de gasto impediram superavit

Da Redação | 31/05/2016, 12h05

 

A meta aprovada é diferente daquela prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na Lei, consta um superavit de 0,39% do PIB, ou R$ 24 bilhões. Porém, com a frustração de receitas e o aumento dos gastos públicos nos primeiros meses deste ano, o governo já havia encaminhado, em março, na gestão da presidente afastada Dilma Rousseff, um pedido de revisão da meta, que sairia de superavit para um deficit de R$ 96 bilhões de reais.

 

A equipe econômica do presidente interino Michel Temer, porém, apresentou novo cálculo para o deficit, excluindo a previsão de arrecadações consideradas incertas, como a recriação da CPMF, ainda em discussão, e a repatriação de recursos no exterior, ainda não efetivada.

 

Se não conseguisse aprovar a nova meta, o governo seria obrigado a cortar R$ 137,9 bilhões nas despesas não obrigatórias, para garantir o superavit previsto na LDO, além dos R$ 44,6 bilhões já contingenciados no primeiro bimestre.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)