Entre os vários testes para a detecção das deficiências de visão das cores, está o teste de Ishihara, que ganhou esse nome do seu criador, Shinobu Ishihara (1879-1963), professor da Universidade de Tóquio. O teste baseia-se na análise de lâminas formadas por pontos coloridos nas quais aparece um número em determinada cor.


Outro método de identificação do daltonismo é o anomaloscópio. A pessoa testada precisa combinar as cores controlando o brilho de uma luz amarela em parte da tela e uma mistura de luzes vermelhas e verdes no outro lado. Ela ajusta esses elementos até que ambos os lados da tela pareçam ter a mesma cor e o mesmo brilho. Pessoas com visão normal combinam tudo com muita precisão, o que não ocorre com aquelas que têm deficiência na visão de cores.

Vivendo num mundo cada vez mais cheio de cores, o daltônico precisa adaptar-se, por exemplo, a observar a posição das luzes de um semáforo para saber qual a cor indicada pela lâmpada acesa. A navegação na internet e a observação de gráficos e tabelas podem ficar melhores para os daltônicos com o desenvolvimento de ferramentas de acessibilidade que privilegiem sublinhados em vez de caracteres coloridos. 

Quando criança, os pais podem observar a ocorrência do defeito genético ajudando na identificação correta das cores nos desenhos. Uma boa adaptação para a criança daltônica é o uso de lápis de cores que trazem escritos os nomes delas. No entanto, é comum os portadores desse defeito genético descobrirem sua condição somente ao tirar carteira de habilitação ou ao escolher uma profissão que utiliza códigos de cores, como piloto de avião, ou as cores como ferramenta, como estilistas e profissionais de propaganda e marketing. 

Mas nem só de dificuldades vivem os daltônicos. Em 2005, cientistas da Universidade de Cambridge, dos Estados Unidos, constataram que pessoas com a forma mais comum de daltonismo ¿ a deuteranomalia ¿ podiam distinguir entre pares de cores que pareciam idênticos para aquelas com visão normal. Os pesquisadores americanos avaliam que pode ser que "as diferenças de espectro de cores sejam menos salientes do que variações estruturais ou de textura para os daltônicos".


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