Pai da teoria atômica descobriu a anomalia

Da Redação | 13/07/2009, 00h00

O daltonismo, ou discromatopsia, foi descoberto em 1794 pelo químico e físico britânico John Dalton (1766-1844), o mesmo que formulou a teoria atômica. Ele apresentou a primeira descrição da anomalia genética da qual ele próprio sofria.


Em 1801, o físico inglês Thomas Young formulou a primeira explicação científica para a sensibilidade do olho humano às cores.

Cerca de 50 anos mais tarde, Hermann von Helmholtz, físico e fisiologista alemão, desenvolveu a hipótese de Young e a converteu em teoria, que se tornou universalmente aceita. 

Assim, de acordo com a teoria de Young-Helmholtz, a retina possui três espécies de células sensíveis ¿ os cones. Cada cone é composto por pigmentos sensíveis a um dos três comprimentos de onda de luz: o Protan é o cone sensível ao vermelho; o Deutan, ao verde; e o Tritan, ao azul. A percepção limitada das cores ocorre quando uma ou mais das três espécies de cone não funcionam adequadamente.

O daltonismo é hereditário, com transmissão ligada ao cromossomo X. Para ter a anomalia, a mulher precisa possuir o gene recessivo nos dois cromossomos X, daí a razão para a maior incidência do problema em homens, que têm um cromossomo X e um cromossomo Y.

Dados da Universidade Federal de Ciências da Saúde de Porto Alegre revelam ainda que a frequência do daltonismo parece variar entre os diferentes grupos raciais. Em europeus e seus descendentes afeta cerca de 8% dos homens e 0,46% das mulheres. Em negros e aborígenes australianos o defeito genético alcança apenas 2% dos homens. Japoneses e chineses ocupam uma posição intermediária. 

Os tipos de daltonismo são classificados como:

Deuteranomalia ¿ Tipo menos grave e mais comum, é a dificuldade em distinguir tonalidades de verde.

Protanomalia ¿ Dificuldade em distinguir tons de vermelho.

(Em ambos os casos, a cor que causa confusão assume um tom acinzentado)

Tritanomalia ¿ Dificuldade em reconhecer cores na faixa do azul-amarelo.

Monocromacia ¿ Tipo mais raro de daltonismo, em que tudo é enxergado em preto, branco e tons de cinza.

Há ainda a dicromacia, que é a ausência de um tipo específico de cone. Esse defeito genético pode apresentar-se sob três formas, impedindo a percepção do vermelho, do verde ou do azul.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)