Passo a passo da doação ao transplante

Da Redação | 27/04/2009, 00h00

Constatada a morte encefálica e a existência de um doador, o hospital comunica à central estadual de transplantes a possibilidade de uma nova doação. A equipe da central realiza então exames à procura de indícios de doenças transmitidas pelo sangue, como hepatite, Aids e malária, que podem infectar o receptor. O doador também deve ser excluído se forem detectados câncer, osteoporose, doenças infecciosas ou uso recente e prolongado de corticoide (substância usada em tratamentos de doenças inflamatórias reumáticas, renais e neurológicas).


Numa outra etapa, após esses exames preliminares, a central estadual de transplantes entra em contato com um dos seis bancos de ossos do país (veja a lista abaixo), que fará uma série de exames para comprovar a qualidade do material retirado do corpo. Outro procedimento para afastar a possibilidade de transmissão de doenças infecto-contagiosas é submeter a família do doador a um questionário clínico sobre o histórico de saúde. Somente depois desses procedimentos, que eliminam o já considerado baixo índice de rejeição detectado nesse tipo de transplante, os ossos são captados e encaminhados para o banco e ficam armazenados a uma temperatura de -85°C à disposição dos hospitais credenciados no Sistema Nacional de Transplantes (SNT), que solicitam o material para cirurgias.

Os transplantes e enxertos de tecidos músculo-esqueléticos podem ser realizados em 38 hospitais localizados nas cidades de Salvador, Fortaleza, Goiânia, Cuiabá, Curitiba, Londrina (PR), Recife, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Passo Fundo (RS), Florianópolis, Aracaju, São Paulo e nas cidades paulistas de Ribeirão Preto, Botucatu, Campinas e Sorocaba. 

Desde julho de 2006, cirurgiões-dentistas cadastrados no SNT têm acesso aos bancos de ossos autorizados a fornecer tecido ósseo para enxerto.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)