Serviço público acolhe mãe que optar por não criar o filho

Da Redação | 21/06/2011, 00h00

Representantes do Judiciário, Ministério Público, Poder Executivo e de grupos de apoio à adoção marcaram presença no lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa das Políticas de Adoção e da Convivência Familiar e Comunitária. O juiz Fabiano Moura, coordenador da infância e da juventude do Tribunal de Justiça da Paraíba, sugeriu que programas feitos pelas TVs Câmara e Senado difundam as questões relacionadas à adoção. Ele pediu também o envolvimento das escolas para vencer preconceitos sobre o tema e chamou atenção para a situação de mães que querem dar seus filhos para adoção. 

— Muitas mulheres desesperadas que abandonam crianças em lixeiras ou nas ruas precisam saber que é totalmente legal procurar os serviços públicos para manifestar o interesse de entregar seus filhos para adoção. Essa ação evita cenas tristes que vemos frequentemente e poupa os bebês do risco que correm ao serem jogados em qualquer lugar — disse o juiz.

Maria Barbara Toledo, presidente da Associação Nacional dos Grupos de Apoio à Adoção (ANGAAD), disse que o trabalho promovido por essas entidades pode ser comparado ao dos abolicionistas, para que a criança não seja considerada como propriedade da família biológica. Ela afirmou que é preciso uma nova cultura de adoção e a valorização da história de adoção por aqueles que a viveram.

— Crianças maiores de cinco anos ou com deficiência são adoções necessárias. Hoje somente 20% dos cadastrados para adotar estão interessados em crianças maiores de três anos — acrescentou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)