A arquitetura passou a incorporar o conceito de sustentabilidade no final da década de 1980 como uma maneira de diminuir os impactos negativos gerados pelo setor da construção civil. Segundo o Worldwatch Institute (WWI) – organização internacional voltada para pesquisas sobre questões ambientais globais –, a construção de edifícios é responsável por 40% do consumo mundial de energia e por 16% da água utilizada no mundo.


A 26ª edição do relatório State of the world 2009 – Into a warming world (O estado do mundo 2009 – Em um mundo em aquecimento) do WWI destaca que, na construção de edifícios, um design integrado com múltiplas medidas eficientes pode reduzir o uso de energia no mínimo pela metade em comparação aos edifícios convencionais, gerando economia de mais de 80% em alguns casos. 

Na década de 1990, Estados Unidos, Canadá e países da Europa passaram a adotar critérios de avaliação para construções sustentáveis. No Brasil, o sistema de avaliação ambiental de edifícios teve seus métodos adaptados à realidade nacional e o mais difundido é a Certificação Leed (Leadership in Energy and Environmental Design), do USGreen Building Council (GBC) [Conselho Norte-Americano de Prédios Verdes]. 

Atualmente, menos de 20% dos empreendimentos do país que aguardam a Certificação Leed são residenciais. A principal justificativa das construtoras é o aumento do preço dos imóveis. Mas o diretor-executivo do GBC Brasil, Nelson Kawakami, ressalta que, apesar de os prédios sustentáveis custarem, em média, 5% a mais que os comuns, há uma grande valorização dos imóveis e uma rápida recuperação desse custo adicional com a economia de energia elétrica e água.

No Brasil, existem cerca de 90 prédios ecológicos – desses, 80% comerciais –, a maioria na cidade de São Paulo. Esses empreendimentos costumam contar com elevadores que consomem até 40% menos energia elétrica, vidros isotérmicos para otimizar a iluminação natural sem elevar a temperatura no interior dos espaços e área verde compatível com o tamanho do edifício, entre outros recursos. A taxa de condomínio costuma ter uma redução de até 30%.


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