Jornal do Senado 12/12/2017, 13h56 - ATUALIZADO EM 12/12/2017 - 13h56
Desde a Constituição de 1988, que completa 30 anos no ano que vem, o combate ao racismo vem avançando no Brasil. O próprio texto constitucional deu o primeiro passo quando considerou o racismo crime inafiançável. De lá para cá, outras iniciativas e políticas foram surgindo e se consolidando, em grande parte como resultado da luta do movimento negro. Bons exemplos são o sistema de cotas nas universidades públicas e a criação do Dia Nacional da Consciência Negra, instituído em 2011 e comemorado todo dia 20 de novembro.
Mas muito ainda resta a ser feito. O preconceito e a desigualdade social são enfrentados todos os dias pela população negra. O perfil penitenciário brasileiro pode ser considerado a face mais cruel dessa desigualdade.
Na sexta-feira, o Ministério da Justiça divulgou o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen) segundo o qual, em junho de 2016, 64% da população carcerária eram negros (pretos e pardos), na maioria jovens. De acordo com o levantamento, o Brasil possui hoje 726 mil presos e é o terceiro país em número de pessoas encarceradas, atrás apenas dos Estados Unidos e da China.
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