Recuperação da economia foi prioridade nas ações da CAE

Da Redação | 20/07/2017, 13h44

O Presidente da Comissão de Assuntos Econômicos (CAE), senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), falou, em entrevista à TV Senado, sobre o trabalho realizado durante o semestre:

A negociação em torno da votação da reforma trabalhista aconteceu na comissão?

Fizemos várias audiências pú- blicas ouvindo pessoas interessadas diretamente, sindicatos, trabalhadores, empresários, juízes do Trabalho, procuradores do Trabalho. E conseguimos — apesar de haver, em determinados momentos, um radicalismo enorme dentro da própria comissão — votar e formar uma opinião do Senado. Foram debates riquíssimos.

Como o texto sai do Senado?

Muito melhorado. O texto flexibiliza a oportunidade de emprego, uma vez que uma série de empregos não são gerados em função da rigidez das leis trabalhistas. É preciso lembrar que essa legislação foi feita nos anos 30, quando não existia nem televisão, imagina internet. A relação que existe hoje é de outro mundo, se comparada àquela época.

A reforma institui uma regra para o relacionamento de trabalho não só para as pessoas que estão no mercado hoje, mas também aquelas que nós queremos que entrem. É bom lembrar que 40% das pessoas em idade laboral, hoje, no Brasil, não têm carteira de trabalho assinada e, portanto, não estão dentro dessas regras atuais.

A comissão também debateu a recuperação da economia. Como é que o senhor vê esse processo?

Para termos um panorama da situação, foram criados dois grupos de trabalho que servirão de base para uma discussão sobre a recuperação da economia brasileira. O primeiro, para produzir um diagnóstico preciso sobre a situação do Sistema Tributário Nacional nos municípios, estados e União. E o outro para fazer um levantamento daquilo que chamamos reformas microeconômicas. Em outras palavras, são todas aquelas questões que envolvem a perda de produtividade da economia brasileira.

Com relação à reforma da Previdência, o senhor acredita que a matéria chegará ao Senado no próximo semestre?

Essa é uma boa pergunta. Infelizmente, eu não tenho a resposta, e acho que ninguém tem. Mas, de qualquer maneira, a reforma da Previdência vai ser necessariamente tema do próximo presidente da República por causa do deficit público brasileiro.

Assista aqui a integra da entrevista concedida à TV Senado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)