Pesquisa do DataSenado revela que brasileiros querem regulamentação dos jogos — Rádio Senado
Projeto de Lei

Pesquisa do DataSenado revela que brasileiros querem regulamentação dos jogos

Uma pesquisa do DataSenado, feita a pedido do senador Irajá (PSD-TO), relator do projeto de lei que regulamenta a exploração de jogos e apostas no país (PL 2234/2022), revelou que 60% dos brasileiros são favoráveis à regulamentação dos jogos; e 34%, contrários. As informações da pesquisa, divulgadas nesta quarta-feira (23), estão disponíveis no site do DataSenado (www.senado.leg.br/datasenado). Para o senador Irajá, a regulamentação vai aumentar a arrecadação e reposicionar o país no turismo internacional.

24/04/2025, 14h02 - ATUALIZADO EM 24/04/2025, 19h23
Duração de áudio: 03:13
Foto de Raka Miftah/Pexels.com

Transcrição
UMA PESQUISA DIVULGADA NESTA QUARTA-FEIRA PELO DATASENADO REVELA QUE A MAIORIA DA POPULAÇÃO BRASILEIRA É FAVORÁVEL À REGULAMENTAÇÃO DOS JOGOS DE AZAR NO PAÍS. REPÓRTER CESAR MENDES. A pesquisa foi realizada pelo DataSenado a pedido do senador Irajá, do PSD do Tocantins, relator do projeto de lei que regulamenta a exploração de jogos e apostas e o funcionamento de cassinos, bingos e do jogo do bicho no País, entre outras modalidades. Apresentado em 1991, o texto foi aprovado pela Câmara 30 anos depois, em 2022. A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou a proposta por um placar apertado: 14 votos a 12. Irajá solicitou a pesquisa agora para subsidiar a votação no plenário, que deveria ter ocorrido no final do ano passado, mas que foi adiada a pedido dele. Entre 21 de fevereiro e primeiro de março, o DataSenado ouviu 5.039 brasileiros: 60% declararam ser favoráveis à regulamentação dos jogos; e 34%, contrários. Em defesa da aprovação da matéria, Irajá destacou o impacto econômico e social da regulamentação para o país. (senador Irajá) "Nós estamos falando aqui de investimentos da ordem de R$ 150 bilhões nos próximos 5 anos; a geração de mais de um milhão e meio de novos empregos, diretos e indiretos; sem contar que nós passaríamos a arrecadar algo em torno de R$ 22 bilhões em impostos; e esse impostos evidentemente serão revertidos em benefícios à população brasileira". A pesquisa apontou que 3 em cada 4 brasileiros consideram a proibição dos jogos ineficaz. 25% acreditam que a proibição reduz “muito” a oferta de jogos ilegais; enquanto que para 29%, ela não reduz nada. Ainda segundo a pesquisa, 58% dos brasileiros acreditam que a legalização dos jogos e cassinos aumentaria a arrecadação de impostos no país; 44% acham que traria mais empregos; e 54% apoiam a criação de um cadastro sigiloso de pessoas com vício em jogos, para impedir o seu acesso às casas de apostas. Para Irajá, a legalização de jogos e apostas vai permitir que o Brasil se reposicione no turismo internacional. (senador Irajá) " 38 países que compõem a OCDE, com exceção da Islândia, já aprovaram os jogos; e esses países dobraram o fluxo de turistas em apenas cinco anos. Países do G20, como o Brasil né, que é a nona economia mundial, apenas o Brasil e a Indonésia ainda não fizeram a legalização dos jogos. Aqui na América do Sul são 13 países, apenas o Brasil e a Bolívia ainda não fizeram. Então, não pode estar o mundo todo errado e só nós certos". O projeto autoriza a instalação de cassinos em polos turísticos ou complexos integrados de lazer, como resorts e hotéis de alto padrão; além de até 10  embarcações marítimas e navios fluviais. Cada estado e o Distrito Federal poderão ter apenas um cassino, com exceção de São Paulo, que poderá ter até três; e Minas Gerais, Rio de Janeiro, Amazonas e Pará, com dois, em função do tamanho da população ou do território. Da Rádio Senado, Cesar Mendes.

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