Ministro da Justiça nega interferência política nas operações da PF — Rádio Senado

Ministro da Justiça nega interferência política nas operações da PF

LOC: O MINISTRO DA JUSTIÇA NEGOU INTERFERÊNCIA POLÍTICA NAS OPERAÇÕES DA POLÍCIA FEDERAL.
 
LOC: JOSÉ EDUARDO CARDOZO E O ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO LUIZ INÁCIO ADAMS FALARAM NESTA QUARTA-FEIRA ÀS COMISSÕES DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA, FISCALIZAÇÃO E CONTROLE E INFRAESTRUTURA DO SENADO SOBRE A OPERAÇÃO PORTO SEGURO. REPÓRTER MAURÍCIO DE SANTI: 

(Repórter) A Polícia Federal já indiciou 18 pessoas por envolvimento no esquema de venda de pareceres técnicos e jurídicos a empresários que tinham negócios com o governo federal. Entre elas, estão a ex-chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo, Rosemary Noronha, o ex-diretor da Agência Nacional de Águas, Paulo Vieira, e o ex-diretor da Agência Nacional de Aviação Civil, Rubens Vieira. O ministro da Justiça José Eduardo Cardozo elogiou a atuação da Polícia Federal na operação Porto Seguro e negou a existência de interferência política na investigação. Além disso, explicou por que Rosemary Noronha não teve as ligações telefônicas interceptadas.
 
(José Eduardo Cardozo) Dona Rose não atuava em vários dos crimes, pelo menos pelas provas produzidas até agora, que a quadrilha efetivava. Ela apenas fazia ou prestava certos favores mediante suborno, mediante corrupção, para a quadrilha. Por isso ela não foi nesse aspecto indiciada.
 
(Repórter) O advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams, informou que a AGU está fazendo um levantamento de todos os atos assinados pelo ex-advogado-geral-adjunto José Weber Holanda, que foi demitido por causa de denúncias de envolvimento nos crimes investigados pela operação Porto Seguro.
 
(Luiz Inácio Adams) Já suspendemos vários atos, apuramos e identificamos 40 que vão ser objeto de análise, nós suspendemos uma nota que ele emitiu sem a minha aprovação. E todos os atos revistos que vierem a ser reconsiderados e anulados terão conseqüências em relação a eventual ato de administração que possa dele ter decorrido.
 
(Repórter) O líder do governo, senador Eduardo Braga, do PMDB do Amazonas, afirmou que há um compromisso com a apuração das denúncias e a punição dos eventuais culpados.
 
(Eduardo Braga) Não há governo que não possa errar. Todos somos passíveis de erros. O que não pode haver é governo comprometido nem com o erro, nem com o mal feito.
 
(Repórter) Já o líder do PSDB, senador Álvaro Dias, do Paraná, quer ouvir Rosemary Noronha e os outros investigados. Ele também insistiu na instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito.
 
(Alvaro Dias) O essencial nessa hora é ouvir o denunciado, os integrantes da quadrilha. Por isso o apelo que nós fazemos ao governo: autorizar o depoimento das pessoas envolvidas, inclusive autorizar a instalação da CPI. 

(Repórter) O ministro José Eduardo Cardozo disse que o inquérito da operação Porto Seguro ainda está em andamento e deve ser concluído em 20 dias.
05/12/2012, 05h45 - ATUALIZADO EM 05/12/2012, 05h45
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