Funcionários demitidos no governo Collor podem pedir reintegração — Rádio Senado

Funcionários demitidos no governo Collor podem pedir reintegração

LOC: OS FUNCIONÁRIOS DEMITIDOS NO GOVERNO COLLOR PODERÃO PEDIR PARA RETORNAR AO SERVIÇO PÚBLICO. É O QUE PREVÊ PROJETO APROVADO NESTA QUARTA-FEIRA PELA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA.

LOC: OS SENADORES DISSERAM QUE A INICIATIVA VAI CORRIGIR UMA INJUSTIÇA E PODE BENEFICIAR ATÉ 40 MIL SERVIDORES. A REPORTAGEM É DE GEORGE CARDIM.

TÉC: Entre 1990 e 1992, mais de cem mil servidores e empregados de estatais e autarquias foram demitidos, sem justa causa, na Reforma Administrativa do governo Fernando Collor. Uma lei de 2004 deu 60 dias para que as pessoas prejudicadas pedissem a anistia e fossem readmitidas. No entanto, muitos ex-servidores perderam o prazo ou não pediram a reintegração. Por isso, o senador Lobão Filho, do PMDB do Maranhão, apresentou um projeto dando nova chance para que esses funcionários possam retornar ao serviço público. A iniciativa garante um prazo de 180 dias a partir da sanção da lei para pedir a recontratação. O presidente da Comissão de Constituição e Justiça, Eunício Oliveira, do PMDB do Ceará, disse aos trabalhadores demitidos que acompanhavam a reunião da CCJ que a anistia busca corrigir uma injustiça (Eunício) A oportunidade de estar presidindo esta Comissão e colocar em pauta uma matéria que vai corrigir injustiças feitas no passado para que a gente construa o presente e o futuro. Eu coloco em votação. Senhores senadores que aprovam permaneçam como se acham. Aprovada a matéria: (aplausos) (Cardim) O líder do governo no Congresso, José Pimentel, do PT do Ceará, explicou que a nova lei da anistia pode beneficiar milhares de funcionários demitidos. (Pimentel) Ainda temos praticamente quarenta mil pendentes de readmissão. Que não pediram ou não tomaram conhecimento, ou já foram incorporados em outras atividades de nossa economia. Então, o que nós estamos aqui tratando é desses quarenta mil que por algum motivo não pediram a sua reintegração (Cardim) A proposta já foi analisada pela Câmara dos Deputados e deve ser aprovado pelo plenário do Senado antes de virar lei.
03/10/2011, 12h48 - ATUALIZADO EM 03/10/2011, 12h48
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