Izalci diz que Filipe Martins é 'bode expiatório' de suposta conspiração

Da Agência Senado | 02/07/2024, 17h30

O senador Izalci Lucas (PL-DF) afirmou, em pronunciamento nesta terça-feira (2), que é “absurda” a acusação de que Filipe Martins, ex-assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, teria entrado ilegalmente nos Estados Unidos em 2022. Martins foi preso preventivamente a pedido do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), em 8 de fevereiro. Para Izalci, Martins está sendo usado como “bode expiatório” de uma suposta conspiração contra o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

— Martins não foi para os Estados Unidos em 30 de dezembro. Isso já foi provado e comprovado com bilhetes aéreos, do próprio Martins, para Curitiba, recibos de lanchonete, de Uber e da própria CBP [Customsand Border Protection], que reconheceu o erro. Entretanto, a informação falsa está sendo utilizada por Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, para mantê-lo atrás das grades. Esse caso evidencia não apenas a falibilidade dos sistemas administrativos, mas principalmente o uso de tais falhas para fins escusos por autoridades judiciais.

Izalci disse que Martins continua detido sem uma acusação formal e argumentou que o caso sublinha a arbitrariedade do Poder Judiciário, que é agravada pela inércia e conivência de instituições que deveriam atuar como contraponto e garantia de justiça. Para o parlamentar, o Senado precisa agir imediatamente para cessar as decisões “absurdas” do STF.

— Qual o verdadeiro interesse por trás de manter Filipe Martins preso? Queremos saber. A resposta parece apontar para uma motivação política, uma tentativa de enfraquecer adversários, usando a máquina judicial como arma. O ministro Alexandre de Moraes tem se destacado por uma atuação controversa no Supremo Tribunal Federal. Suas decisões, muitas vezes vistas como excessivamente autoritárias, têm gerado críticas, tanto dentro quanto fora do Brasil. No caso de Filipe Martins, a insistência em manter a prisão, baseada em um registro comprovadamente falso, levanta sérias dúvidas sobre a imparcialidade e as verdadeiras intenções por trás de suas ações. 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)