Festejo inclusivo marca celebração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência
Da Comunicação Interna | 04/12/2023, 16h43
Na manhã desta segunda-feira (4), a dança e a música tomaram o auditório Petrônio Portela na celebração do Dia Internacional da Pessoa com Deficiência. A data, 3 de dezembro, foi associada à celebração pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992. Organizador do evento, o presidente da Comissão de Comunicação e Direito Digital (CCDD), senador Eduardo Gomes (PL-TO) chamou atenção para a necessidade de auxiliar instituições de apoio na captação de mais recursos públicos e para o cuidado com os profissionais e voluntários:
— Devemos ter o olhar especial para as pessoas que atuam nas instituições, aqueles que escolheram como profissão trabalhar com as pessoas com deficiência. É preciso haver políticas públicas eficientes.
Houve ainda a apresentação de Maurício Campos Júnior, o Junoca. Ele tem 95% do corpo paralisado devido a um incidente no parto, mas nunca se limitou por isso. Autor do livro Junoca fora da cadeira (2021), escrito com os pés, ele fez uma apresentação artística durante a cerimônia.
— Eu sou normal. É como eu me vejo. Nunca senti que era diferente. Eu sinto dor, alegria, raiva, eu saio toda hora, como na rua. Eu sou normal — disse, com a ajuda de sua esposa, Allana.
O senador Romário (PL-RJ) enviou um vídeo para agradecer a realização do encontro e para se dirigir às pessoas com deficiência. O ex-jogador de futebol tem uma filha de 17 anos diagnosticada com Síndrome de Down. A atuação parlamentar dele é marcada por pautas relacionadas à responsabilidade social.
— É uma batalha diária, com vitórias e derrotas, mas contamos com a benção de papai do céu para vencermos. Eu deixo um beijo no coração de todos vocês — disse Romário.
Carinho e cuidado
Representando os grupos convidados, o presidente do Movimento Orgulho Autista Brasil (Moab), Fernando Cotta, compartilhou um pouco de sua história pessoal para definir a importância da data. Um de seus filhos foi diagnosticado com autismo aos três anos de idade:
— Para ele receber o diagnóstico foi um desafio, porque muitos médicos não tinham informações e diziam que alguns comportamentos eram birra. Diferente de outras doenças, não costuma haver marcadores físicos para essa identificação. Algumas pessoas se reconhecem autistas já na terceira idade. Então é um assunto importante de ser debatido — alertou.
Atendidos da Associação Pestalozzi, da Associação de Mães, Pais, Amigos e Reabilitadores de Excepcionais (Ampare) e da Casa Azul, vinculada ao Governo do Distrito Federal (GDF), também fizeram apresentações musicais.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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