Humberto Costa repudia declaração de Kim Kataguiri sobre nazismo
Da Rádio Senado | 09/02/2022, 21h10
Em pronunciamento, nesta quarta-feira (9), o senador Humberto Costa (PT-PE) defendeu a aprovação de requerimento de repúdio às declarações "criminosas e desrespeitosas" em apologia ao nazismo, feitas pelo deputado federal, Kim Kataguiri, no programa Flow Podcast, na última segunda-feira (7).
Na ocasião, o parlamentar, filiado ao Podemos de São Paulo, defendeu a existência de partidos de ideologia nazista, fato que, na opinião de Humberto Costa, representa uma posição de desrespeito aos direitos humanos e, portanto, merecedora do repúdio de todos.
Nesse sentido, o senador destacou a repercussão negativa das declarações de Kim Kataguiri junto às mais diversas entidades, incluindo as da comunidade judaica, como as Confederações Isaraelitas do Brasil e de São Paulo.
— É inaceitável que um representante do povo brasileiro defenda um regime intolerante, que matou mais de 6 milhões de judeus. É inaceitável que um parlamentar defenda um regime que prega a supremacia racial e o extermínio daqueles que são por ele julgados inferiores, afirmou.
Para Humberto Costa, as declarações de Kim Kataguiri e do apresentador do programa, Bruno Aiub, conhecido por Monark, extrapolaram o direito à liberdade de expressão por atentarem contra princípios e regras contidos na Constituição Federal e no Código Penal.
O senador acredita também que esse cenário só se apresenta, porque o cargo de presidente da República é ocupado por alguém que é tolerante com a intolerância.
— Bolsonaro, recentemente foi divulgado, teve participação em páginas neonazistas no período em que foi deputado federal. Recebeu, na condição de presidente da República, a principal líder do partido neonazista alemão, a deputada Beatrix Von Storch. Está no Brasil, nesse momento, um dos principais líderes da extrema direita e do movimento neonazista alemão, passeando em Santa Catarina, fazendo vídeos. Ele, que foi condenado na Alemanha, pelo fato de, no campo de extermínio de Dachau, ter levado seus alunos e onde ele negava o Holocausto. Ele está passeando, livremente, diante da ausência de posição firme e clara deste governo para promover a sua extradição e o cumprimento da pena a qual foi condenado, informou.
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
MAIS NOTÍCIAS SOBRE: