Comissão declara Lupicínio Rodrigues e Pixinguinha patronos da MPB

Da Agência Senado | 25/11/2021, 11h54

A Comissão de Educação (CE) aprovou nesta quinta-feira (25) o projeto de lei (PL) 2.151/2019, que declara os compositores Lupicínio Rodrigues (1914-1974) e Pixinguinha (1897-1973) patronos da música popular brasileira (MPB). O texto, do senador Lasier Martins (Podemos-RS), teve parecer favorável do senador Paulo Paim (PT-RS), com emenda. Caso não haja recurso para votação em Plenário, o projeto segue para a Câmara dos Deputados.

O texto inicial previa que o título seria concedido apenas a Lupicínio Rodrigues. Mas o relator acatou sugestão do senador Carlos Portinho (PL-RJ) para incluir Pixinguinha na homenagem.

Nascido em Porto Alegre, Lupicínio Rodrigues é autor de clássicos da música popular brasileira, como “Nervos de aço”, “Nunca” e “Esses moços, pobres moços”. Para Lasier Martins, a obra poético-musical de Lupicínio Rodrigues faz parte da memória artística e afetiva de várias gerações de brasileiros

— São, sobretudo, sambas-canções, sem exclusão de outros gêneros de nosso cancioneiro, que traduzem inquietação existencial, que tem como traço decisivo a perplexidade e o inconformismo diante dos desencontros amorosos. É um dos compositores mais originais da nossa música popular. Além das inúmeras qualidades do seu trabalho, foi o criador da expressão “dor-de-cotovelo”, que passou a designar um estilo de canção que trata das desventuras amorosas. Um tema no qual Lupicínio foi um criador imbatível — comentou Paim.

Ao apresentar a emenda, Carlos Portinho justificou que Pixinguinha contribuiu para que o choro encontrasse uma forma definitiva na consolidação da música popular brasileira. Nascido no Rio de Janeiro, Alfredo da Rocha Vianna Filho foi maestro, flautista, compositor e arranjador. É autor de sucessos como “Carinhoso”, “Rosa” e “Lamentos”. “A importância do músico é tamanha que em 23 de abril de cada ano comemora-se o Dia Nacional do Choro, data escolhida porque se acreditava ser a de nascimento de Pixinguinha”, justificou Portinho.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)