Em debate, senador cobra investimentos em internet para cidades inteligentes

Da Redação | 19/02/2020, 14h49

Em debate sobre a Carta Brasileira para Cidades Inteligentes, nesta quarta-feira, o presidente da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR), Izalci Lucas (PSDB-DF), cobrou mais investimentos em telecomunicações. Para o senador, não há cidade inteligente sem escolas com banda larga, por exemplo.

— Não existe cidade inteligente se o cidadão não tem acesso, não tem internet, não tem celular, não tem nada. Cidade inteligente para quem? —, questionou Izalci.

A audiência serviu para o Ministérios do Desenvolvimento Regional (MDR) e o de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (MCTIC) apresentarem o planejamento para a implantação de cidades inteligentes no Brasil.  A secretária Nacional de Desenvolvimento Regional e Urbano do MDR, Adriana Melo Alves, afirmou que a carta constitui um marco referencial do que vem a ser uma cidade inteligente.

— Pensar no processo de transformação digital, o processo de educação, requer que a gente vá além na forma de discutir a educação e os modelos educacionais hoje, a forma de utilizações dos espaços públicos, a forma de trabalho. É como as pessoas se relacionam com o espaço das cidades nesse contexto de transformação digital —, disse.

Para Adriana, é preciso melhorar os serviços prestados pelo poder público local, criando uma inteligência territorial em escala local para a prestação de um serviço mais ágil, eficiente e transparente.

A secretária afirmou que a primeira versão da carta deve sair em abril. Em maio, será realizada uma consulta pública sobre o tema. E o lançamento oficial está previsto para julho.

O secretário de Telecomunicações do MCTIC, Vitor Menezes, afirmou que hoje há vários casos isolados de cidades inteligentes no país, como por exemplo Curitiba. Para ele, é preciso criar um modelo padrão brasileiro com uma visão de médio prazo.

Também participou da reunião a representante da Agência Alemã de Cooperação Global (GIZ), Sarah Habersack. Segundo ela, a ideia não é copiar as políticas alemãs e sim trocar experiência e facilitar aprendizagem mútua.  

— A carta na Alemanha, como estou observando no Brasil, é vinculada a outras políticas públicas de desenvolvimento urbano sustentável e desenvolvimento regional, o que acho muito importante porque não existe uma cidade inteligente de um lado e uma outra visão da cidade por outro lado. A gente tem que vincular os dois movimentos.

Também participaram da audiência o superintendente de Planejamento e Regulamentação da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Nilo Pasquali, e o economista do Departamento de Inteligência para Prospecção e Gestão de Clientes Governamentais do BNDES, Luis Otavio de Abreu Reiff.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)