Humberto Costa critica primeiras medidas de Bolsonaro e sua equipe de transição

Da Redação e Da Rádio Senado | 31/10/2018, 15h49

O senador Humberto Costa (PT-PE) avaliou negativamente os primeiros movimentos do futuro governo de Jair Bolsonaro, ao apontar as idas e vindas de possíveis nomeações, as fusões de pasta e a possível nomeação de pessoas sem condição de exercer as funções públicas.

A criação do superministério da Economia, com a fusão da Fazenda, Planejamento e Indústria e Comércio, já incomoda empresários, disse o senador. Segundo ele, é incongruente que a pessoa que rege as finanças do país seja a mesma responsável pela política industrial.

No mesmo sentido, Humberto Costa criticou a fusão das pastas de Meio Ambiente e Agricultura. Para ele, a questão ambiental vai muito além do campo, pois também se relaciona com a construção civil e outras atividades que, de algum modo, geram impactos ambientais.

Ao comentar a grande presença de militares da reserva na equipe de transição e no futuro ministério, Humberto Costa alertou que as Forças Armadas podem ficar com a imagem negativa perante a sociedade em caso de insucesso do governo de Bolsonaro.

Ao final, o senador criticou Bolsonaro por querer terceirizar o desgaste pela aprovação da reforma da Previdência, ao pedir que Michel Temer mande um projeto, para que o Congresso Nacional vote rapidamente, sem discuti-lo adequadamente.

— O governo nem começou e já se mostra um festival de trapalhadas superior até mesmo aos protagonizados por Temer e sua equipe. Isso já demonstra o que será o período Bolsonaro no Palácio do Planalto e o clima de barata voa que tomará conta do país daqui para frente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)