Regina Sousa destaca necessidade de prevenção ao suicídio

Da Redação e Da Rádio Senado | 04/09/2018, 16h37

A senadora Regina Sousa (PT-PI) destacou em Plenário nesta terça-feira (4) que o suicídio ainda é um problema negligenciado no Brasil, mas que os casos têm aumentado muito. Ela fez o alerta ao lembrar que o mês de setembro foi escolhido para reforçar as campanhas de prevenção e que, por esse motivo, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH) realizou audiência pública na segunda-feira para destacar o assunto.

Regina Sousa, que preside a comissão, afirmou que a prevenção ao suicídio é difícil porque a principal causa, a depressão, é de difícil aceitação e diagnóstico e não recebe a atenção que merece na medicina. Segundo a senadora é preciso preparar as pessoas para perceberem a doença. Regina enfatizou o papel da escola na prevenção ao suicídio entre os adolescentes.

— Os professores têm mais condições de perceber o aluno que muda o comportamento, que apresenta tristeza, que apresenta alguma novidade no comportamento pra ser encaminhado. Mas também tem que ter essa estrutura para os professores encaminharem, porque também não adianta detectar e não ter para onde mandar essa criança para ser observada, para ser examinada —, alertou.

Aumento STF

Regina Sousa também disse que não acredita que o Congresso Nacional irá aprovar o aumento de 16,38% no salário dos ministros do Supremo Tribunal Federal. O reajuste está previsto no Projeto de Lei Orçamentária para 2019 enviado pelo Poder Executivo ao Congresso no final de agosto.

A senadora citou que o momento é inadequado, uma vez que, segundo ela, o Bolsa Família corre risco de ter que sofrer cortes devido à falta de recursos. Regina Sousa disse ainda duvidar que o haverá o fim do auxílio-moradia por conta do aumento.

— Virou direito adquirido. Vão pra justiça, ganham. No máximo vai entrar pra quem começar a carreira agora. Só que quem começa a carreira vai pra justiça exigindo paridade e vira uma bola de neve. E os privilégios vão se perpetuando e os mais pobres vão pagando a conta. Não é possível, não acredito que esta Casa tenha coragem de debater este assunto e de aprovar o reajuste pra ministro do Supremo. É uma aberração. Então eu estou conclamando aqui que a gente não paute este assunto, porque vai ser um debate muito ruim —, acrescentou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)