Regina Sousa lamenta morte de reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina

Da Redação e Da Rádio Senado | 02/10/2017, 17h50

A senadora Regina Sousa (PT-PI) afirmou nesta segunda-feira (2) em Plenário que o reitor afastado da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Luiz Carlos Cancellier, é a primeira vítima fatal dos abusos cometidos pelo o que ela classificou de "Estado policialesco" que impera no país.

De acordo com informações da polícia, o reitor se suicidou nesta segunda-feira. Acredita-se, disse a senadora, que isso se deu por causa de sua prisão por suspeita de desvio de R$ 80 milhões, referentes a bolsas de estudo da instituição.

Regina Sousa leu uma carta escrita pelo reitor, na qual ele relata a humilhação e vexame a que foi submetido ao ser preso. A senadora afirmou ainda que o reitor sequer foi ouvido em investigação interna prévia que apurou os fatos, o que para ela demostra que Cancellier foi acusado e condenado pela opinião pública sem direito à defesa.

— Essa geração que está agora no Ministério Público, na Polícia Federal, tem uma sede de mídia incrível. Eles trabalham parece mais para as redes, principalmente a rede globo, do que propriamente para o governo. precisa ser mais discreto! não é possível. entre as pessoas, têm culpados e têm inocentes. depois que sai na rede globo, por exemplo, a pessoa passa a ser culpada pelo resto da vida. não interessa, que ele consiga provar a sua inocência. ele está perdido.

Regina Sousa ainda leu manifestações em que o advogado do reitor e a OAB de Santa Catarina exigem que a sociedade e a comunidade jurídica debatam a forma espetacular e midiática com que são efetuadas as prisões provisórias, antes mesmo de se ouvir o acusado.

Massacre em Las Vegas

Regina Sousa também se solidarizou com as famílias das pelo menos 58 vítimas fatais — há ainda quase 500 feridos — atingidas por um atirador, em Las Vegas, nos Estados Unidos.

A senadora disse que esse massacre deve chamar a atenção para o Projeto de Decreto Legislativo (PDS) 175/2017, que prevê um plebiscito para a revogação do Estatuto do Desarmamento, em análise no Senado.

— Será que é oportuno? Porque a gente tem a clareza que, nos Estados Unidos, morre mais gente nesses atos individuais do que em atos terroristas. São muitas chacinas acontecendo em escolas e muitos lugares, porque lá o acesso à arma é muito fácil. (...) É bom que a gente reflita se no Brasil vai dar certo esse negócio de liberar arma para a população — afirmou a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)