Congresso não analisará redução do salário mínimo, afirma Eunício Oliveira
Da Redação | 17/08/2017, 15h23
O presidente do Senado, Eunício Oliveira, afirmou nesta quinta-feira (17) que o Congresso não analisará redução do salário-mínimo.
— Vamos aplicar a lei. O salário mínimo é corrigido pela inflação dos últimos doze meses. O que der a inflação vai ser a correção do salário mínimo. Não vai ser maior, a menos que o presidente determine que seja maior, mas menor do que o que está na lei, nós não aprovaremos aqui no Congresso, ninguém tenha dúvida disso. Aqui no Congresso nós não vamos submeter redução do salário mínimo — afirmou.
Com a revisão das projeções orçamentárias, na última terça-feira (15), o valor de salário mínimo previsto para o próximo ano foi reduzido em R$ 10 e ficou em R$ 969. Neste ano de 2017, o salário mínimo em vigor é de R$ 937.
Meta fiscal
O presidente do Senado falou que ainda hoje (17) receberá e encaminhará à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO) a mensagem do governo com o pedido de autorização ao Congresso Nacional para ampliar a meta fiscal de 2017 de um deficit de R$ 139 bilhões para R$ 159 bilhões.
— Nós tínhamos duas opções que nos foram oferecidas: aumento de carga tributária para os trabalhadores brasileiros e revisão da meta fiscal. Em nome do Parlamento, eu falei das dificuldades que nós teríamos de fazer uma modificação de aumento de carga tributária, que já é pesada no Brasil, tanto do ponto de vista empresarial, como do ponto de vista individual. Felizmente, o Congresso foi ouvido nessa questão — explicou Eunício.
O presidente do Senado acrescentou que conversou nesta quinta-feira (17) com o presidente da República, Michel Temer, com a equipe econômica e com o presidente da CMO, senador Dário Berger (PMDB-SC), e que o esforço é para que a proposta seja aprovada até o fim deste mês.
— O Congresso tem responsabilidade com isso. Nós sabemos das dificuldades. Não podemos contribuir com a irresponsabilidade de o Brasil não ter como pagar seus funcionários, de o Brasil não ter como pagar os aposentados, aqueles que não têm alternativa, como os que recebem um salário mínimo de aposentadoria — concluiu.
Da Assessoria de Imprensa da Presidência do Senado
Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)
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