Acordo de cooperação em Defesa com a Suécia é aprovado pela CRE

SALEXAND | 06/07/2017, 13h59

A Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE) aprovou nesta quinta-feira (6) acordo assinado pelos governos do Brasil e da Suécia, em 2014, de cooperação na área de Defesa (PDS 112/2017). O texto será analisado agora em caráter de urgência pelo Plenário do Senado.

O relator foi o senador José Agripino (DEM-RN), que lembrou que as duas nações já consolidaram fortes laços nesta área desde 2014, após o governo brasileiro adquirir 36 caças Gripen da empresa sueca Saab, em um negócio que atingiu US$ 5,4 bilhões.

Um dos objetivos do acordo é priorizar as áreas de pesquisa e desenvolvimento, apoio logístico e aquisição mútua de produtos e serviços. Também menciona compartilhar conhecimentos e experiências das respectivas Forças Armadas, incluindo o uso de equipamento militar. O texto ainda prioriza a promoção conjunta de treinamentos e exercícios na área.

Trinidad e Tobago

Também foi aprovada durante a reunião a indicação do diplomata José Antonio Piras para a chefia da embaixada brasileira em Trinidad e Tobago.

Na sabatina, Piras abordou, entre outros assuntos, as riquezas naturais do país, como petróleo e gás, que são as principais responsáveis por uma renda per capita de U$ 18.100, a terceira maior das Américas, atrás apenas dos EUA e do Canadá.

— A população de Trinidad e Tobago possui hoje uma capacidade de consumo superior à de qualquer nação da América Latina — disse Piras, para quem isso permitiria um incremento de nossas exportações para a nação caribenha.

O embaixador informou que o atual governo do pais, chefiado pelo primeiro-ministro Keith Rowley, prioriza entre outros pontos o aumento dos laços comerciais com os países latino-americanos, já tendo assinado diversos acordos na área de petróleo e gás com a Venezuela. A indicação de Piras será agora analisada em Plenário.

OMC

A partir de requerimento apresentado pelo presidente do colegiado, Fernando Collor (PTC-AL), também foi aprovada a realização de audiência pública com o diretor-geral da Organização Mundial de Comércio (OMC), o diplomata brasileiro Roberto Azevêdo. Ele deverá falar sobre as atuais perspectivas comerciais dentro do contexto geopolítico mundial, em que tem crescido o poderio de forças políticas que questionam o processo de globalização. A data da audiência ainda será definida.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)