Lídice da Mata apoia greve geral e critica mudanças na base curricular

Da Redação e Da Rádio Senado | 26/04/2017, 16h57

A senadora Lídice da Mata (PSB-BA) anunciou em Plenário que participará, ao lado do povo, da greve geral anunciada para a próxima sexta-feira, dia 28 de abril.

Ela criticou ainda quem classifica a paralisação como ilegítima, sob o argumento de que a greve não leva em conta o interesse geral da população. Lídice da Mata lembrou que o direito de greve é reconhecido internacionalmente e, graças a esse mecanismo, os trabalhadores do mundo inteiro conquistaram direitos importantes.

— Portanto, eu quero aqui me solidarizar, dizer que estarei com a população, ao lado de todos os trabalhadores que, no Brasil inteiro, se preparam, para na sexta-feira, realizarem a greve geral contra as reformas que ferem o interesse do trabalhador brasileiro — disse Lídice nesta quarta-feira (26).

Pequenos municípios

Ela ainda registrou as manifestações das Câmaras de Vereadores dos municípios baianos de Andaraí e Valente, contrárias à Reforma da Previdência. Segundo ela, a proposta do governo será especialmente prejudicial aos pequenos municípios, uma vez que os benefícios pagos pelo INSS constituem a principal fonte de renda da sociedade e, consequentemente, têm um papel importante na economia dessas localidades.

Base comum curricular

Lídice da Mata também propôs que o Senado acompanhe de perto as discussões do texto da Base Nacional Comum curricular no que se refere à alfabetização.

Para ela, a proposta do governo, em análise no Conselho Nacional de Educação, não é adequada por prever a alfabetização de crianças apenas nos dois primeiros anos do ensino fundamental, ou seja, aos 6 e 7 anos de idade.

A senadora considera que essa medida pode fazer com que aumente a desvantagem de filhos de famílias pobres em relação aos de famílias ricas, que, por causa das melhores condições, são alfabetizados mais cedo.

Lídice da Mata ainda defendeu a valorização e  reprofissionalização dos professores alfabetizadores.

— Neste momento em que o Conselho Nacional de Educação analisa a Base Nacional Comum curricular para homologação pelo ministério da educação, o senado tem a rara oportunidade de se inserir nesse debate, de modo a definir os rumos da alfabetização no país. As crianças brasileiras não podem mais esperar.

Lídice da Mata ainda registrou os 65 anos de atividades do Sindicato dos Professores da Bahia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)