Senado aprova indicado para a Embaixada do Brasil na Áustria

Foi aprovada em Plenário nesta quinta-feira (8) a indicação do diplomata Ricardo Neiva Tavares para o cargo de embaixador do Brasil na Áustria. Foram 53 votos a favor e apenas um contrário, além de uma abstenção. A nomeação será agora comunicada à Presidência da República.

Tavares nasceu no Rio de Janeiro (RJ) em 1957 e ingressou na carreira diplomática em 1979. Desde 2013, comanda a Embaixada do Brasil na Itália. Foi também embaixador da Missão do Brasil junto à União Europeia e conselheiro na Missão junto à ONU. Trabalhou, ainda, nas embaixadas do Brasil na Austrália, na França e no Japão.

Durante sabatina do indicado na Comissão de Relações Exteriores (CRE), no dia 24 de agosto, o diplomata explicou que a União Europeia passa por um momento delicado, com o aumento do desemprego e a crise dos refugiados, o que fortalece os defensores da retirada dos países do bloco. O fenômeno tem se tornado mais forte na Áustria, onde legendas de direita pregam a realização de um referendo nos mesmos moldes do que resultou na saída do Reino Unido do bloco europeu, de acordo com o diplomata.

Tavares informou ainda que o intercâmbio comercial Brasil-Áustria é baixo (pouco mais de U$ 1 bilhão por ano) e prometeu incrementar essa relação e priorizar uma maior presença brasileira nos organismos internacionais que têm sede em Viena.

Áustria

Localizada na Europa Central, a Áustria tem 8,5 milhões de habitantes. Desde janeiro de 2007, a Áustria é governada por uma grande coalizão formada entre social-democratas e democrata-cristãos.

As relações do Brasil com o país europeu têm bases históricas, ainda no período imperial: Maria Leopoldina (1797-1826), esposa de D.Pedro I (1798-1834) e imperatriz consorte, era austríaca. Atualmente, importantes convênios bilaterais estão em vigor, como o Acordo sobre Cooperação Econômica e Industrial, assinado em 1986, o Acordo sobre Serviços Aéreos, de 1995, e o Protocolo de Intenções sobre Cooperação Técnica, firmado em 2005.

A pauta de exportação brasileira para a Áustria, em 2015, foi composta por 73,9% de produtos manufaturados, sobretudo máquinas e aviões. O Brasil importou, no mesmo ano, 98,6% de produtos manufaturados, em especial máquinas e produtos farmacêuticos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)