Temer também recebeu 54 milhões de votos, recorda Zeze Perrela

Da Redação | 29/08/2016, 23h05

O senador Zeze Perrela (PTB-MG) afirmou em Plenário, na noite desta segunda-feira (29), que o impeachment é “um procedimento inteiramente previsto em nossa Constituição”. Mesmo assim, disse o senador, a presidente Dilma Rousseff insiste em classificar o processo como um golpe.

Perrela questionou se a proposta por um plebiscito por novas eleições, defendida por Dilma, não seria também um golpe, já que poderia tirar o vice-presidente Michel Temer do poder. Temer teria, na visão do senador, legitimidade para ser o presidente efetivo, por ter recebido os mesmos 54 milhões de votos de Dilma.

Em resposta, Dilma disse que não existe crime de responsabilidade e, assim, sua condenação seria um golpe. Para a presidente, o que existe é um pretexto para afastar uma presidente eleita. Dilma ainda destacou que quem julga “pelo conjunto da obra é o povo”, em eleições diretas. Ela admitiu que existia uma aliança entre PT e PMDB para as eleições de 2014, mas afirmou que foi o seu nome que conquistou os votos, já que era a cabeça de chapa.

— Condenar uma presidente da República por algo que não era crime ao seu tempo é um ato de ruptura democrática e, nesse sentido, é um golpe parlamentar — declarou Dilma.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)