Fátima Bezerra critica processo de impeachment e proposta de antecipação de eleições

Da Redação e Da Rádio Senado | 06/04/2016, 15h58

A senadora Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que a oposição está desesperada porque a tese do impeachment está perdendo força e, por isso, apresenta alternativas para afastar a presidente Dilma Rousseff do cargo, como a antecipação de eleições.

Segundo a senadora, os defensores dessa ideia alegam que, mesmo que o impeachment seja rejeitado, a presidente Dilma não teria condições de governar o país. Ela discorda dessa alegação e reforça que convocar novas eleições também seria golpe.

Para Fátima Bezerra,  os opositores da presidente da República lançam essa proposta porque sabem que, no dia seguinte à derrubada do impeachment, o governo terá condições de recompor sua base de sustentação e de apresentar uma nova agenda para o país. Ela afirmou que essa agenda será focada em mudanças na política para garantir a retomada do desenvolvimento, com geração de emprego, distribuição de renda e forte inclusão social.

— O impeachment já morreu. Daí porque esse movimento frenético daqueles que, no fundo, no fundo, infelizmente, têm um viés golpista de vir com essa moda agora de antecipar eleições. Para que houvesse uma tese de antecipação das eleições precisaria que a presidente Dilma, num ato unilateral, de vontade própria, renunciasse a seu mandato. E ela não fez, não faz e não fará isso.

Fátima Bezerra alegou que os defensores de antecipação de eleições esquecem, também, que, pela constituição, existe um calendário estipulado: neste ano, haverá eleições municipais e, em 2018, serão escolhidos não só quem ocupar a presidência da República, como também os novos senadores, deputados federais e governadores.

— E esse calendário tem que ser respeitado — advertiu a senadora.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)