Jorge Viana critica o que chama de "caçada ao Lula"

Da Redação e Da Rádio Senado | 02/02/2016, 18h48

O senador Jorge Viana (PT-AC) criticou alguns setores da sociedade pela tentativa de envolver o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva em irregularidades com empreiteiras investigadas pela operação Lava-Jato.

Jorge Viana afirmou que qualquer pessoa deve prestar contas, especialmente os que ocuparam cargos públicos, mas lembrou que o que acontece é comparável a uma verdadeira caçada contra o ex-presidente e sua família.

Para ele, esse tipo de comportamento revela que alguns agentes públicos estão mais interessados em atender a interesses políticos do que em cumprir os seus deveres funcionais.

— Eu tenho vergonha de não ter um único cidadão no Judiciário que levante a voz contra isso. Esses conselhos de controle do Judiciário são uma vergonha, porque fazem parte de uma corporação que sempre diz amém às versões colocadas por aqueles que, por terem passado no concurso público, o que é mérito, querem destruir a vida de alguém e podem fazer isso à vontade neste país.

O senador Jorge Viana afirmou esperar que, nesse novo ano legislativo, o Senado consiga atender as expectativas do país e dos brasileiros. Ele disse que o país passa por um momento difícil e que os brasileiros pedem às instituições saídas para a superação das crises política e econômica.

Ele destacou que o Senado vai montar uma pauta emergencial para votação de propostas que possam atender as necessidades de estados e municípios e ajudá-los a superar as dificuldades atuais.

Jorge Viana reconheceu que não será fácil aprovar a unificação do ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços] inclusive porque não há consenso entre governadores sobre essa proposta que afeta diretamente os estados. Ele ainda reforçou a necessidade da recriação da CPMF, o imposto sobre movimentações financeiras:

— A CPMF foi criada na época do PSDB, ele mesmo tiraram a CPMF, em vez de aperfeiçoá-la. Precisamos ter um financiamento para a saúde. A CPMF não é um imposto, como a elite brasileira coloca. Todo imposto é ruim, mas é um imposto que pode, sim, ser compartilhado por todos. A saúde é algo que atinge a todo mundo. Mas não é só esse o problema. Os governadores e prefeitos estão preocupados porque com a diminuição das receitas, devido a queda na economia, ela afeta diretamente a vida, a saúde dos estados e municípios.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)