Senadores reúnem-se com atingidos por catástrofe em Mariana

Da Redação | 17/11/2015, 17h29

Uma comissão de senadores da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado (CI), reuniu-se na tarde desta terça feira (17) com representantes dos moradores atingidos pelo rompimento da barragem no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). As informações foram passadas pelo repórter Thiago Tibúrcio, da TV Senado, que acompanhou os senadores.

Os senadores Zeze Perrella (PDT-MG), Wilder de Moraes (PP-GO) e Sérgio Petecão (PSD-AC) estão na região em que duas barragens da Samarco, controlada pelas mineradoras Vale e BHP, se romperam. Foram despejados sobre a pequena comunidade cerca de 63 milhões de m³ de lama tóxica, que por fim atingiram o Rio Doce, num rastro de destruição que se estendeu de Minas Gerais ao Espírito Santo e segue em direção ao mar.

Especialistas são unânimes na constatação de que o acidente já se transformou em desastre ambiental gigantesco. Além de deixar mortos e desaparecidos, a lama tóxica devastou a região, passando por vários municípios, e vem eliminando a fauna do Rio Doce e, antes de atingir o Espírito Santo, já provocou uma crise de abastecimento de água em todo o Vale do Rio Doce.

O autor do pedido de diligência, e que também deve comandá-la, é o presidente da Subcomissão Permanente de Acompanhamento do Setor de Mineração da CI, senador Wilder Morais (PP–GO). Ele disse ser preciso colher informações para auxiliar na prevenção de novos acidentes, permitindo que a população tenha mais segurança e fiscalizando mais as mineradoras.

Os senadores querem saber quais são as providências que estão sendo tomadas pelos órgãos públicos e pela mineradora Samarco.

Audiência pública

Além da visita a Mariana, a CI discutirá a situação em audiência pública em Brasília. A audiência pública, requerida pelo senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES), deverá ter representantes da Samarco, do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea), do Departamento Nacional de Pesquisa Mineral (DNPM), da Secretaria de Meio Ambiente de Minas Gerais, da Agência Nacional de Águas (ANA) e do Observatório Sismológico da Universidade de Brasília.

No último dia 10, representantes do setor de minerais usados na construção civil estiveram na CI para discutir questões como desoneração, desburocratização e garantia de segurança jurídica para a atividade. O setor reivindica um novo marco regulatório para a mineração.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)