Ana Amélia pede apoio à produção nacional de maçã

Da Redação e Da Rádio Senado | 08/10/2015, 16h12

A senadora Ana Amélia (PP-RS) denunciou nesta quinta-feira (8) a pressão que a China vem fazendo para que o Brasil importe maçãs daquele país, oferecidas a preços com os quais o produtor brasileiro não pode competir. Ela alertou ainda para a falta de controle sanitário sobre a fruta cultivada pelos chineses.

Para enfrentar essa pressão, é necessário, segundo ela, que o governo mantenha o volume de recursos do Ministério da Agricultura empenhados em 2014 para subvenção do Seguro Agrícola, essencial à qualidade da fruticultura nacional.

— Para esse seguro, serão necessários, em 2015, R$100 milhões: R$51 milhões para maçã, R$32 milhões para uva e R$17 milhões para outras frutas. Esse seguro é fundamental — disse a senadora em Plenário.

Ana Amélia disse que a China oferece ao Brasil a caixa de maçã ao preço de R$ 84, o que equivale ao preço de custo da produção da maçã brasileira. Para praticar valores tão baixos, o governo chinês subsidia em US$ 292 bilhões os seus produtores, tornando desigual a competição com o país asiático. Na avaliação da senadora, esse preço pode comprometer o trabalho de mais de 200 mil famílias, somente no Rio Grande do Sul.

— O governo federal precisa dar a atenção devida a esse segmento da nossa agricultura, que tem, mesmo num período de crise, ampliado as exportações e alavancado o desenvolvimento de toda a economia. No ano passado, o Brasil exportou mais de US$ 32 milhões de maçãs frescas e US$ 22 milhões em suco de maçã.

Ana Amélia também pediu que a Agência de Vigilância Sanitária (Anvisa) fiscalize a qualidade sanitária dos produtos importados e comercializados no Brasil. De acordo com ela, no processo de produção de maçã na China, são usados produtos químicos proibidos no Brasil, o que pode comprometer a saúde dos consumidores brasileiros.

TCU

Ana Amélia afirmou também que a decisão do Tribunal de Contas da União de rejeitar, por unanimidade, as contas de 2014 do governo da presidente Dilma Rousseff mostra que as instituições estão em pleno funcionamento e que o regime democrático está consolidado no país.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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