Cássio Cunha Lima manifesta preocupação com “falta de rumo” do país

Da Redação e Da Rádio Senado | 09/02/2015, 17h23

O senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) manifestou preocupação com a falta de rumo do país e a omissão do governo diante da crise. As circunstâncias, disse o senador, exigem que a presidente Dilma Rousseff afirme seu compromisso com o Brasil, mas ela segue empenhada em proteger o partido, apesar das crescentes denúncias de corrupção.

Cássio Cunha Lima criticou a escolha de Aldemir Bendine para a presidência da Petrobras e a demora do governo em perceber que Graça Foster não reunia mais as condições necessárias para conduzir a empresa.

— O governo ficou à caça de nomes, e fez, talvez, a pior escolha que poderia ter sido feita, porque não escolheu nada além de um tarefeiro para cumprir a missão de continuar tentando limpar a cena do crime dentro da Petrobras. É extremamente grave — afirmou.

Para o parlamentar, o PT se afundou num lamentável “poço de lama” e precisa pedir desculpas ao Brasil pelas falhas éticas em seu projeto de poder. Apesar de não considerar ser o caso de impeachment da presidente Dilma, hoje, Cássio Cunha Lima ponderou que não se pode chamar de golpistas aqueles que defendem essa providência.

— A palavra impeachment está escrita na nossa Constituição e, portanto, por ser um tema constitucional, não tem de causar arrepio em ninguém. Se chegar o instante em que a Constituição tenha de ser cumprida, ela será cumprida em todas as suas letras, porque estamos aqui para isso — observou.

Outro lado

Em aparte, o senador Ataídes Oliveira (PSDB-TO) lembrou que, segundo o Datafolha, a avaliação positiva do governo Dilma caiu quase 20 pontos desde dezembro. Ele também questionou Lindbergh Farias (PT-RJ) se consideraria “golpista” o movimento pelo impeachment de Fernando Collor em 1992.

Lindbergh disse que, naquela época, havia fatos objetivos que levavam ao presidente da República e agora “não há nada”. Ele lembrou ainda que o povo acabou de se manifestar ao reeleger Dilma em outubro passado.

O senador petista afirmou que, nos governos do PSDB, não havia investigação, Ministério Público independente ou Polícia Federal estruturada. Disse também que, apesar de a oposição “falar muito em CPI”, há 12 anos o estado de São Paulo não tem uma comissão parlamentar de inquérito.

— Então, não me venham comparar momentos que não têm nada a ver com a história. A situação do Collor era outra, completamente diferente. Aqui, o que eu estou vendo é grito de quem perdeu a eleição e não está querendo aceitar o resultado.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)