Jereissati pede desculpas e recomenda aos senadores que não reajam a provocações

Da Redação | 11/08/2009, 20h07

O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) pediu desculpas, nesta terça-feira (11), aos colegas senadores e à população, por ter se "comportado de forma inadequada" na última quinta-feira (6), quando se envolveu em um tenso bate-boca com o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), em Plenário, ocasião em que teriam sido proferidas palavras de baixo calão, fora do microfone, conforme noticiaram os meios de comunicação.

Ele disse não pretender mais "reagir a provocações em Plenário" e recomendou a mesma atitude aos demais senadores. Para ele, agir deste jeito não resolverá os problemas do Senado. Sua atitude foi aplaudida, em apartes, por vários senadores, muitos deles afirmando que o discurso era um "chamado ao bom senso", como frisou o senador Francisco Dornelles (PP-RJ).

Jereissati lamentou o clima de confronto a que chegou o Senado e criticou a "existência dessa guerra de dossiês, de troca de denúncias, esquemas montados para vazar informações" sobre a Casa e os senadores. Ele sustentou que irá sempre manifestar sua indignação contra esse tipo de ação política.

- Não posso aceitar que esta Casa, detentora de histórias e de batalhas retóricas memoráveis, viva sob esse clima de ameaças e intimidação. A existência, por si só, de uma 'tropa de choque' define todo o clima que existe neste momento no Senado - afirmou.

O senador do Ceará disse que os parlamentares que agem em "tropa de choque" não lutam por causas, mas para "manter pequenos favores, pequenos privilégios, fazendo com que esta Casa tenha a imagem que tem diante da opinião pública". Em sua opinião, os senadores que integram "tropas de choque" "não têm compromisso com os eleitores e com a opinião púbica, e não têm preocupação quanto à política". Ele recomendou que os senadores se unam para esclarecer de vez os desmandos encontrados no Senado e criticou a interferência do Executivo no Senado, fazendo com que a Casa "seja subjugada e humilhada diante dos desejos do presidente da República".

No meio do discurso, senador Almeida Lima (PMDB-SE) questionou o presidente do Senado, José Sarney, que presidia a sessão, sobre o tempo que ele estava autorizando para o discurso de Tasso Jereissati, quando o normal seriam 20 minutos. Sarney disse que havia estendido o tempo de Jereissati na tribuna porque ele fazia "um discurso que se destina a encerrar um episódio nesta Casa que todos desejamos que seja encerrado".

Da Redação / Agência Senado

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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