Alvaro Dias considera insuficientes medidas para promover desenvolvimento

Da Redação | 16/03/2007, 10h45

Em discurso no Plenário nesta sexta-feira (16), o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) afirmou que as ações do governo federal no sentido de promover o desenvolvimento econômico do país não geram otimismo nem criam um ambiente de segurança e estímulo aos investidores. O senador considera que os marcos regulatórios não são claros nem estáveis no Brasil e por isso o país não pode "de forma alguma, esperar por grandes investimentos, especialmente externos".

Alvaro Dias disse lamentar que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva "não esteja aproveitando o que o próprio Lula chama de período mais tranqüilo para se governar desde a ditadura militar" e, dessa forma, garantindo medidas que permitam o crescimento econômico nacional.

- A economia mundial é favorável e o ambiente interno é até passivo, de grande complacência com escândalos de corrupção - disse o senador.

Para Alvaro Dias, em um momento em que o mundo inteiro cresce economicamente, "o Brasil continua empacado, sem crescer". Ele criticou o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), anunciado recentemente pelo governo. Em sua opinião, o PAC é acanhado e não oferece condições para que as suas metas sejam verdadeiramente alcançadas até 2010.

O senador destacou que, entre 2003 e 2006, o país gastou em pagamento de juros e serviços da dívida US$ 517 bilhões, enquanto apenas US$ 39 bilhões foram usados em investimentos por parte do poder público. Alvaro Dias comparou com a situação da China que, desde 2004, passou a investir 40% do seu Produto Interno Bruto (PIB). Já o Brasil investe cerca de 20% do PIB, sendo que, desse total, apenas 1,5% correspondem a recursos públicos, afirmou o senador.

- Precisamos de melhoria urgente no ambiente de negócios - defendeu.

Em aparte, o senador Jayme Campos (PFL-MT) afirmou que a redução da carga tributária permitiria ao Brasil crescer muito mais do que as medidas do PAC.

- Como o Brasil vai crescer com uma carga tributária como essa? - questionou.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

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