Venda informal ameaça segurança e economia

Da Redação | 27/09/2011, 00h00

O comércio ilegal de gás de botijão oferece grande risco para a população. Quem leva para casa um produto comercializado ilegalmente não está apenas prejudicando o comércio formal, mas pondo em perigo a vida da família e da vizinhança. Em novembro de 2010, uma explosão causada por armazenamento inadequado de gás em padaria de São Paulo destruiu o estabelecimento comercial e duas casas vizinhas. Oito pessoas ficaram feridas.

O enchimento e o armazenamento do botijão precisam obedecer a regras de segurança específicas para não colocar em perigo o consumidor. A cada enchimento, os botijões são testados pelas empresas distribuidoras. Quando o recipiente é clandestino, esses testes não são feitos, aumentando a probabilidade de acidente. Outro risco é comprar um vasilhame com menor quantidade de gás do que o indicado, o que facilita vazamentos e provoca perdas financeiras para o consumidor.

O gás de botijão também não pode ser vendido em qualquer lugar. A armazenagem de vários botijões deve cumprir normas como afastamento adequado, equipamento de combate a incêndio, facilidade de acesso e de evacuação e manuseio cuidadoso.

-Estabelecimentos como padarias e farmácias não podem cumprir exigências mínimas de segurança. A ANP já flagrou locais informais que escondiam até 400 botijões em condições inacreditáveis. Dessa forma, ser vizinho de uma revenda ilegal é um grande risco -alertou o presidente do Sindigás.

Bandeira de Mello chamou a atenção ainda para outro problema criado pela informalidade: a "canibalização" do comércio formal, que investe em segurança no armazenamento e treina o profissional que entrega o gás.

-O entregador não só leva o gás a nossas casas, como também verifica a validade das mangueiras e válvulas reguladoras e dá dicas sobre o local onde o botijão está instalado e armazenado -defendeu.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)