Já nas dívidas, as taxas estão contra você

Da Redação | 22/10/2007, 00h00



Se você tem uma dívida de R$ 10 mil a uma taxa de 2% ao mês, ao fim do primeiro mês a dívida será de R$ 10.200 e, no mês seguinte, os 2% serão cobrados sobre esses R$ 10.200 (capital + juros do primeiro mês), fazendo com que o saldo devedor cresça para R$ 10.404, e assim sucessivamente.

Isso ocorre com empréstimos em banco, nas compras a prazo, nos financiamentos de automóvel, casa etc. Os juros estão embutidos e você às vezes não percebe o quanto sua dívida aumentou (o total a prazo geralmente está naquela letrinha miúda do cartaz da promoção).

Por isso, os especialistas recomendam que é melhor economizar e ir juntando dinheiro para, pelo menos, dar uma boa entrada. Mas o bom mesmo é comprar à vista ou, em último caso, diminuir a quantidade de parcelas.

Veja este exemplo: uma TV de 29 polegadas custa à vista R$ 999. Ou você pode pagar 15 vezes de R$129. O total a prazo será R$1.935 - quase o dobro (100%) do que você pagaria à vista, sendo que nesse mesmo período de 15 meses os juros pagos pela poupança não chegarão a 15%. No final, as parcelas que você pagou dariam para comprar dois produtos iguais.

Essa é a razão do chamado "desconto" para pagamento à vista. Na verdade, o descontos são os juros que seriam cobrados se você comprasse a prazo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)