CPI estuda medidas de inclusão social para todo o Brasil

Da Redação | 08/09/2015, 10h30

Desde que foi instalada, em maio, a CPI do Assassinato de Jovens já promoveu 11 audiências públicas em Brasília e em outros estados, com destaque para os do Nordeste, onde a situação tem se agravado.

 

A próxima audiência interativa da CPI será realizada no Recife, na sexta-feira.

 

O relator da CPI, Lindbergh Farias (PT-RJ), lamentou que a juventude brasileira esteja morrendo pela milícia, pelo tráfico e pela polícia. Ele também apontou que há uma diferença de tratamento da polícia entre os lugares mais humildes e as regiões mais ricas das cidades. O senador defende uma reforma na polícia.

 

— O tamanho do desafio posto a esta CPI supera qualquer preferência partidária ou alternância natural dos governos que enfrentam problemas. Trata-se de um desafio de todos os brasileiros — avaliou o senador, que solicitou o apoio dos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário de todos os níveis para a investigação.

 

Fátima Bezerra (PT-RN) afirmou que a CPI contribui com uma reflexão, apontando o caminho mais adequado para o combate à violência entre os jovens.

 

A última parte do trabalho será a apresentação do relatório final, previsto para dezembro, em que o senador Lindbergh pretende obter respostas para vários questionamentos e apresentar propostas de ações. Entre os temas que serão abordados, estão a maioridade penal, o desarmamento, o acesso a armas ilegais, a violência policial e a baixa taxa de esclarecimento desses crimes.

 

Na avaliação da presidente da CPI, o fenômeno da violência letal contra os jovens é nacional. Por isso, a senadora acredita que o enfrentamento exige medidas nos âmbitos municipal, estadual e federal.

 

— São necessárias medidas de inclusão social, que se dão por uma forte ação de políticas municipais e estaduais, mas, decisivamente, de políticas nacionais. É preciso um grande pacto nas três esferas de poder pela diminuição do homicídio de jovens. O foco da política de segurança tem que estar muito claro. É preciso diminuir a morte de jovens, porque são justamente eles que mais morrem na sociedade brasileira neste momento — avalia.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)