Brasileiro foi o autor da descoberta

Da Redação | 30/11/2009, 00h00

O cientista Carlos Chagas, que anunciou o descobrimento da doença em 1909, identificou no ano anterior o seu agente causal, o protozoário denominado por ele de Trypanosoma cruzi em homenagem a Oswaldo Cruz. Também foi identificado o inseto transmissor da doença, o Triatoma, conhecido popularmente como barbeiro, que vive nas paredes e telhados de habitações precárias em áreas rurais pobres ou em favelas e aloja em seu intestino o parasita sugado do sangue de alguns animais, como cães, gatos e roedores, transmitindo-o ao ser humano.


A infecção ocorre quando a pessoa coça a região picada pelo barbeiro e as fezes eliminadas pelo inseto infectado pelo parasita penetram através do ferimento. Também pode ocorrer por transfusão de sangue contaminado ou durante a gestação.

Para a detecção da doença na fase aguda ou inicial, o diagnóstico pode ser feito pela análise microscópica de amostras de sangue do paciente. Nesse período ¿ que dura normalmente de 10 a 15 dias, mas pode chegar até a um mês ¿, ainda não há resposta imunológica contra o parasita, o que possibilita sua reprodução em grande quantidade no organismo. Na fase crônica, quando a pessoa começa a desenvolver resposta imunológica, são usadas as reações sorológicas de imunofluorescência e Guerreiro Machado.

De acordo com o Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, os sintomas da fase aguda são febre, inchaço nos olhos e em outras partes do corpo, como fígado ou baço, aumento dos gânglios e distúrbios cardíacos. É preciso ter atenção para não confundir essas manifestações com as de outras doenças, como a gripe. A doença pode não apresentar sintomas durante 10 a 20 anos. As manifestações são silenciosas, atingindo o sistema cardíaco e o aparelho digestivo.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)