Governadores afirmam que falta dinheiro

Da Redação | 11/10/2011, 00h00

As secretarias estaduais de Educação dizem que os cofres públicos, dependendo do estado, não têm dinheiro suficiente para pagar aos professores iniciantes os R$ 1.187 do piso nacional do magistério.

- O impacto do piso nas contas públicas é muito elevado. Muitos estados vivem do repasse de recursos da União. Uma queda no repasse do Fundo de Participação dos Estados acaba gerando dificuldades de ordem financeira, o que dificulta o pagamento do piso - explica Belivaldo Chagas, vice-presidente do Conselho ­Nacional de Secretários de Educação (Consed).

Segundo Chagas, as dificuldades seriam resolvidas se fosse feita uma "repactuação nacional" que determinasse o envio de mais recursos federais oriundos de impostos aos estados mais dependentes da União. Ele, porém, diz:

- Todos os governos estão se esforçando para honrar o pagamento do piso do magistério. O piso é uma vitória dos ­professores de todo o país.

O Rio Grande do Sul é um dos estados que não cumprem a lei do piso. A Secretaria de Educação diz que o governador "assumiu o compromisso de integralizar o valor no decorrer de seu governo".

A União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime) afirma que falta dinheiro também às prefeituras para aumentar os salários dos professores.

- Os municípios sem receita própria, que dependem de recursos do governo federal, não dão conta de pagar o piso e ao mesmo tempo manter as escolas - diz Maria Cecilia Amendola da Motta, vice-?presidente da Undime. CNTE, Roberto Franklin de Leão.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)