Atenção, disciplina e incentivo ajudam no dever de casa

Da Redação | 13/08/2007, 00h00

Além de considerar o computador, a TV e as brincadeiras atividades mais prazerosas, a criança também pode preferir brincar porque acha o dever muito difícil. Assim, é preciso agir em duas frentes: organizar e limitar, de forma razoável, clara e dialogada, o período de tempo para as brincadeiras, e ajudar a fazer com que o dever e o estudo sejam tarefas agradáveis. A motivação pode vir do desejo de agradar (o professor e os pais) ou de ser admirado pelos colegas, de divertir-se aprendendo coisas etc. Motivar, no entanto, não é sinônimo de pressionar. A criança pode ver a pressão como uma ameaça à sua independência. Quanto maior a pressão, maior a resistência. Veja as recomendações dos especialistas:

1. Incentive a aprendizagem e a responsabilidade desde a pré-escola – escute atentamente e estimule seu filho a pensar por si mesmo. Leve-o à biblioteca, ao cinema, ao teatro e leia regularmente para ele.

2. Mostre o seu interesse – observe e comente positivamente o dever de casa, os livros que ele está lendo.

3. Ofereça incentivos pelo trabalho escolar melhorado.

4. Ajude-o a freqüentar a escola regularmente, sem faltas e atrasos injustificáveis.

5. Converse muito e sempre com os professores do seu filho – exponha as dificuldades com o dever, auxilie a identificar problemas.

6. Estabeleça uma rotina organizada, mas sem sobrecarga (veja mais na edição de 6 de agosto).

7. Esclareça quais direitos são adquiridos com o bom desempenho escolar, compreendendo notas, deveres, relacionamento e comportamento na escola (uso do computador para diversão, televisão, passeios com amigos, mesada, uso do telefone etc.).

8. Não imponha um tempo para estudar – isso é desnecessário e pode ser percebido como pressão ou falta de confiança. Aceite a palavra dele de que a tarefa está pronta sem revisá-la. Se perceber que ele está confuso ou paralisado, ajude-o a organizar-se para fazer os trabalhos longos e/ou em grupo.

9. Não contrate aulas particulares, exceto em circunstâncias especiais – peça à professora que envie comunicados para sua casa indicando o tema em que seu filho esteja precisando de ajuda. Assim você não estará assumindo a responsabilidade e, tão logo seu filho tenha atingido as metas da professora, retire-se do papel de tutor. 

10. Peça ajuda – problemas de aprendizado que interferem em habilidades básicas (como a leitura) demandam cuidados especiais. Se você tiver preocupações a respeito da capacidade de aprendizado de seu filho, discuta isso com a professora, procure psicólogos e médicos especializados.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)