Uso de preservativos pode reduzir o risco de contágio

Da Redação | 02/08/2004, 00h00

As DSTs são doenças infecciosas adquiridas por contato sexual, seja ele oral, anal ou vaginal. As mais comuns são sífilis, gonorréia, HIV (Aids), HPV, hepatite B, herpes genital, uretrites não-gonocócicas, linfogranuloma venéreo, entre outras. Algumas, como a sífilis e a hepatite B, podem ser transmitidas pelo sangue infectado e pela mulher grávida infectada, que pode passar a doença ao filho durante a gestação, parto ou pela amamentação.

Conseqüências

Uma DST não curada ou tratada inadequadamente pode trazer sérios danos à saúde, como infertilidade, disfunções sexuais, esterilidade, aborto, nascimento de bebês prematuros com problemas de saúde, deficiência física ou mental, alguns tipos de câncer e até a morte. Além disso, aumentam em até 18 vezes a possibilidade de a pessoa contrair o HIV, vírus causador da Aids.

Sinais e sintomas

Em muitos casos, os sintomas e sinais são difíceis de ser reconhecidos, e somente após danos graves os pacientes tomam alguma providência. Isso acontece principalmente com mulheres. Quando os sintomas aparecem, vêm em forma de feridas (úlceras ou bolhas) nos órgãos genitais ou em outras partes do corpo e nem sempre doem. Pode ocorrer corrimento, tanto no homem como na mulher, com ou sem cor e cheiro. Nas mulheres, quando o corrimento é pouco, só é visto em exames ginecológicos.

Há ainda registros de dor ao urinar ou durante a relação sexual, além de verrugas, com formato semelhante a uma couve-flor, quando a doença está em estágio avançado. Em geral não dói, mas podem ocorrer irritação ou coceiras.

Em alguns casos, pode ocorrer dor e mal-estar embaixo do umbigo, na parte baixa da barriga, ao urinar e ao evacuar.

Tratamento

Todas as doenças são tratáveis, mas nem todas têm cura, como é o caso de HIV. O tratamento pode ser feito pelo Sistema Único de Saúde. Não aceite indicações ou receitas de vizinhos, parentes ou funcionários de farmácias. Faça apenas o tratamento indicado por um médico. Nunca interrompa o tratamento, ainda que não haja mais sinal da doença. Evite as relações sexuais durante esse período, mesmo com o uso de preservativo. Para todos os casos de DST, é muito importante que o parceiro(a) sexual também seja tratado.

Prevenção

Só com o uso de preservativos femininos ou masculinos é possível diminuir os casos de contágio. Pesquisas demonstram que o risco de contrair uma doença sexualmente transmissível é muito maior nas pessoas que trocam freqüentemente de parceiros(as) sexuais e que não usam camisinha (masculina ou feminina) em todas as relações sexuais.

As mulheres que pretendem engravidar ou que estão grávidas devem fazer exames de detecção dessas doenças. Recomenda-se a realização do teste de HIV quando qualquer DST é diagnosticada.

Vacina

A hepatite B é o único agente de doença sexualmente transmissível para o qual existe vacina eficaz atualmente.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)