Para prevenir, acompanhamento e dialógo

Da Redação | 08/06/2009, 00h00

O diálogo franco em família é a melhor recomendação para a educação dos filhos e, no que diz respeito ao uso da internet por crianças e adolescentes, o conselho não poderia ser outro. Mas uma pesquisa da Symantec, empresa de segurança na internet, revelou que, no Brasil, os pais se consideram mais preparados para discutir sexo com os filhos (72%) do que para abordar quais páginas são visitadas por eles na internet (66%). Foram ouvidos mais de 9 mil internautas de 12 países, sendo 600 deles brasileiros.


A pesquisa indica que os pais têm dificuldades em falar de internet. Eles não sabem como criar regras de utilização, pois não tinham acesso a essa tecnologia, e muitas vezes não têm ideia precisa do que exige atenção. O especialista de segurança da Symantec Lúcio Costa afirma que não se pode transferir a responsabilidade dos pais para a tecnologia. "Os programas são ferramentas para auxiliar na segurança da criança, mas o principal é o diálogo entre pais e filhos", observa. 

Empresas como a Symantec e a McAfee e o sistema operacional Windows oferecem ferramentas chamadas controle pelos pais (parental control), que permitem filtrar conteúdos e definir horários de uso do computador. O auxílio dessas ferramentas é bem-vindo para os pais, que deparam com estatísticas assustadoras, como a de que uma em cada cinco crianças que navegam pela internet é alvo de pedófilos a cada ano. A informação foi dada este mês pelo secretário-geral da União Internacional de Telecomunicações (UIT), Hamadoun Touré. 

Em novembro de 2008, foi transformado em lei projeto da CPI da Pedofilia que tornou crime a posse e o armazenamento de pornografia infantil, além do aliciamento de crianças pela internet.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)