Alimentação responde por 30% das taxas

Da Redação | 30/03/2009, 00h00

 

A maior parte do colesterol (70%) é produzida no próprio organismo pela síntese celular – colesterol endógeno. Os outros 30% vêm da dieta alimentar – colesterol exógeno. Importante para o metabolismo das vitaminas A, D, E e K, o colesterol também atua na síntese de hormônios esteroides e sexuais (progesterona, estrógeno e testosterona).

O excesso de colesterol no sangue – hipercolesterolemia – leva ao desenvolvimento da aterosclerose, que é o entupimento de artérias, com consequente diminuição do fluxo sanguíneo. A aterosclerose é causa de ataques cardíacos, intervenções cirúrgicas, como pontes de safena, além de acidentes vasculares cerebrais (AVCs), os chamados derrames. A aterosclerose pode ser resultado de uma alimentação rica em gorduras saturadas, geralmente de origem animal. Mas há também casos de alterações genéticas que levam o colesterol a não ser metabolizado adequadamente pelo corpo. 

Os homens têm maior risco de apresentar colesterol elevado que as mulheres, mas, após a menopausa, o colesterol LDL (veja ao lado) da mulher aumenta, e o HDL diminui. Os níveis aumentam com a idade. Nos homens, a partir dos 45, e nas mulheres, a partir dos 55 anos. 

Em entrevista ao site do médico Dráuzio Varella, o cardiologista Protásio Lemos da Luz, do Instituto do Coração de São Paulo (InCor), afirma que crianças e adolescentes que pertencem a grupos de risco, com familiares que já apresentaram alguma doença cardíaca, devem fazer exames de sangue para medir os níveis de colesterol. Se a pessoa não apresenta nenhum fator de risco, o recomendável é que a avaliação seja feita a partir dos 30 anos, pelo menos a cada cinco anos. 

A alteração do colesterol não apresenta sintomas ou eles só aparecem quando já existe uma doença estabelecida. Nesse caso, os sintomas vão depender do órgão que a artéria obstruída irrigava. Além dos exames, a prevenção das doenças cardiovasculares pode ser feita, em conjunto e indicada por cardiologista, pelo controle da dieta, exercícios físicos e uso de medicamentos.

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)