Projetos propõem mais acesso ao livro

Da Redação | 03/02/2015, 00h00

Três projetos de lei apresentados no Senado tratam de incentivos para o público leitor. O ex-senador José Sarney propôs o PLS 294/2005, que prevê a criação do Fundo Nacional Pró-Leitura, em regulamentação à Política Nacional do Livro, de 2003. O também ex-senador Alfredo Nascimento é autor do PLS 156/2013, que promove o acesso universal às bibliotecas públicas, e do PLS 259/2013, que estabelece o conceito formal de biblioteca.

 

A proposta de Sarney foi aprovada pelo Senado e aguarda análise na Câmara. O texto prevê que projetos de incentivo à leitura sejam beneficiados com recursos de um fundo nacional.

 

O dinheiro viria do Tesouro Nacional, doações, legados, subvenções e auxílios de entidades de qualquer natureza, inclusive de organismos internacionais. O objetivo é promover a elaboração, a edição e a difusão de obras, além do estímulo à produção intelectual de autores brasileiros.

 

O PLS 156/2013 recebeu parecer favorável do relator, o senador Cristovam Buarque. Ele modificou a redação para incluir emendas que contemplariam a proposta do PLS 259/2013, sobre bibliotecas públicas.

 

Cristovam defende a criação de leis que ajudem na formação de um público leitor. Ele lembrou do Projeto Mala do Livro, que colocou em prática quando foi governador do Distrito Federal (1995–1998).

Pela proposta, minibibliotecas eram instaladas em residências de agentes comunitários de leitura, para empréstimo de livros à vizinhança. Cada biblioteca domiciliar tinha um acervo de cerca de 150 volumes. O empréstimo durava sete dias.

 

— Um menino que nunca viu uma bola de futebol, não joga bola. Um menino que nunca pegou num livro, não começa a ler. A verdade é que a imensa maioria das casas brasileiras não tem livros — lamenta.

 

Moradora do Distrito Federal, Vânia Gonçalves da Silva, 31 anos, é técnica em análises clínicas e mãe de dois filhos. Sempre lê e gosta do gênero romance. O livro mais recente que leu foi Querido John, do norte-americano Nicholas Sparks. Segundo ela, os filhos, com 9 e 7 anos de idade, também gostam de ler. Ela conta que pega livros emprestados em bibliotecas, pois considera alto o preço das publicações.

 

— É caro. Por isso, eles pegam de uma biblioteca muito boa na Escola Classe 204 Sul [em Brasília]. E eu, geralmente, pego na biblioteca da faculdade onde estudei — disse

 

Agência Senado (Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)